Dep. Lula Morais (PCdoB)
Foto: Máximo Moura
Durante o tempo de liderança desta quinta-feira (20/06) na Assembleia Legislativa, o deputado Lula Morais (PCdoB) fez esclarecimentos e reiterou suas críticas ao discurso de parlamentares que repercutem a reivindicação de manifestantes cearenses a favor do redirecionamento dos recursos de obras como o Acquario Ceará para a determinada área, como saúde ou educação. Lula teria definido essa posição como “demagogia”.
O parlamentar explicou que o tema abordado por ele em suas críticas foi o exercício da demagogia, pois a decisão de pedir empréstimos, e os objetivos destes, é do governante, e ele só pode utilizar aquele recurso no projeto para o qual ele solicitou o empréstimo.
“Não tem como desviar para outras políticas públicas. Se o governador do Ceará contratou um empréstimo para construir o Acquario, é um absurdo questionar o motivo pelo qual ele não redireciona esses recursos para construir moradia, por exemplo. Quem disser isso está sendo demagogo”, afirmou.
Para Lula, ou o governo decide pedir um empréstimo, ou decide não pedir, mas, se não pedir, não vai retirar recursos do orçamento que já está previsto para outras áreas.
“O Acquario é um equipamento gerador de renda. O tempo que ele existir, ele gerará renda. E a renda gerada vai servir para pagar o investimento feito nele e aplicar nas áreas da saúde, educação, moradia, seca e segurança. Porque vai engordar o orçamento do Estado do Ceará”, defendeu.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado José Sarto (PSB), informou que recebeu por e-mail um estudo do Instituto de Pesquisa Estratégica e Econômica do Ceará (Ipece), apresentando para a sociedade os impactos de equipamentos como o Acquário.
Segundo o parlamentar, os dados sobre a agregação de valor que traz um equipamento como esse numa cidade turística e costeira são promissores. “Só o tempo vai dizer quem tem razão. O deputado Lula Morais está certo. O governo está investindo em áreas como saúde, educação e mobilidade urbana e os recursos que vêm para o Acquario só podem ser usados nele”, disse.
Também de acordo com Sarto, o Ipece apresenta o impacto econômico positivo que virá para o Ceará e a perspectiva é de que, entre cinco e dez anos, o que foi investido seja pago.
Lula Morais explicou ainda que usou o termo “cafajeste” para se referir a àquelas pessoas que utilizem o discurso definido por ele como demagogo, esclarecendo que o termo não foi direcionado ao deputado Heitor Férrer (PDT). Heitor teria se defendido em pronunciamento realizado hoje, como se a palavra se referisse a ele.
“Quem fez sabe muito bem o que eu quis dizer. Não considero o deputado Heitor cafajeste e, por isso, não foi com ele. Quem eu considero sabe muito bem que é ele e por que”, esclareceu.
RT/JU