Segundo a parlamentar, as situações acontecem, inclusive, em ambientes corporativos. “Acontece a violência dentro do Parlamento. Temos muitos relatos de violência não física, e essas são as mais difíceis de serem detectadas e muitas vezes naturalizadas. Um exemplo que temos aqui, de forma simbólica, é o uso de uma linguagem excludente sem referência aos femininos. Muitas vezes, a mulher é objetificada pelo seu corpo e pela sua forma de falar, pela sua forma de andar. Vou falar da moral quando a mulher é caluniada, difamada”, pontuou.
Augusta Brito manifestou que a violência simbólica pode vir acompanhada de forma psicológica. “A violência psicológica vem de uma forma que é para intimidar a mulher na política, ela vem sendo naturalizada e acontecendo de forma psicológica”.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) sugeriu que as discussões sobre o tema da violência contra a mulher precisam ser ampliadas. “Essa temática sobre a violência contra a mulher no Brasil deveria ser um dos tópicos de debate, seja em câmaras pequenas ou no Congresso Nacional. Por falar em Congresso Nacional, eu acho pequenas as ações da Câmara e do Senado sobre o assunto”, lamentou.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB), também em aparte, parabenizou a parlamentar por trazer o tema à tribuna da Casa e defendeu a ampliação da votação feminina. “Eu gostaria de ver essa Casa Legislativa com pelo menos 30% das vagas preenchidas por mulheres no próximo mandato”.
A deputada Érika Amorim (PSD) aparteou o pronunciamento parabenizando Augusta Brito "pela relevância do tema e pela representatividade na política". “Os espaços das mulheres precisam ser preservados", ressaltou Érika Amorim.
JI/LF