Em nome da bancada do PDT, o deputado Osmar Baquit (PDT) frisou o histórico de seu partido e enalteceu a carreira política dos ex-governadores Ciro Gomes e Cid Gomes. “Ciro Gomes e Cid Gomes são exemplos de homens públicos, honrados e sérios. Poucos chegam ao nível de prestígio que eles têm. O deputado Delegado chamou um partido de homens e mulheres honrados de quadrilha, e isso não podemos admitir”, repudiou.
O deputado Marcos Sobreira (PDT) considerou as ofensas proferidas pelo colega deputado Delegado Cavalcante como atitudes de quem desconhece o histórico de seu partido. “Talvez o delegado não conheça a história do PDT, que deixou o Ceará com a melhor educação pública do País. Existem dois Cearás, um antes e outro depois do Cid. E nosso líder Ciro nunca respondeu a qualquer processo por corrupção. Não podemos aceitar que nosso partido seja atingido por um grupo em que vários de seus membros estão envolvidos em crimes. Peço respeito, pois sempre o tratamos com respeito”, cobrou.
SOLIDARIEDADE
Durante os debates, o presidente da Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), pediu aos parlamentares que se respeitassem e repreendeu o deputado Delegado Cavalcante pela forma como reagiu à decisão da deputada Érika Amorim (PSD), enquanto presidente da sessão, de conceder o direito de resposta aos colegas deputados citados. “Me solidarizo com a deputada Érika e espero que seja a última vez que isso acontece. Não podemos admitir esse tipo de situação, o desrespeito ao deputado ou deputada que está presidindo a sessão. A população não espera isso de nós. Na verdade, o povo está cansado de tanto bate-boca, ele quer prestação de serviços. Os debates devem acontecer de forma elevada e com respeito a todos”, salientou.
A deputada Érika Amorim (PSD) solicitou questão de ordem e afirmou não ser a primeira vez que é desrespeitada enquanto preside uma sessão. “Essa atitude só demonstra a violência institucional que nós mulheres sofremos diariamente. A minha voz foi interrompida de diversas maneiras, e minha palavra enquanto presidente não foi respeitada e acatada. Quero entender que isso não aconteceu pela minha condição como mulher”, declarou.
Os deputados Salmito (PDT), Queiroz Filho (PDT) e Augusta Brito (PCdoB) se solidarizam com a colega deputada e reafirmaram que atitudes como essa não podem ser aceitas. “O que vimos aqui foi um colega retirar o crédito da deputada que está presidindo, não acatar a decisão tomada por ela baseada no regimento e sem qualquer indução, pois ela tem total capacidade para decidir o que quer. Parem de gritar ou tentar amedrontar uma mulher. Não temos medo de grito. Se a deputada se sentiu agredida, houve ofensa e agressão. Temos voz igual a qualquer parlamentar e exigimos respeito”, cobrou Augusta Brito.
LA/CG