De acordo com a proposição 546/21, que tramita na Casa, a intenção é proibir a realização de qualquer festividade de Carnaval promovida pela iniciativa pública no período em que seria celebrado o evento em 2022, em razão da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da Covid-19.
“A ideia de dar entrada nesse projeto não foi por motivo religioso. Eu coloco a questão religiosa à parte nesse debate. O que me fez dar entrada nesse projeto foi para preservar o bem maior da vida, da saúde pública”, salientou Apóstolo Luiz Henrique.
Segundo o parlamentar, não é compreensível que o prefeito de alguma cidade queira investir verba pública em uma festa em que milhares de pessoas podem se prejudicar. “É muita falta de bom senso e discernimento, e não sei o que pode haver por trás disso”, apontou.
O deputado cobrou ainda a agilidade na tramitação do projeto. “Apelo para o bom senso do povo cearense, pois somos maioria contra o Carnaval 2022 e temos que ser ouvidos. Nós vamos solicitar uma audiência pública, se for necessário, para ouvir o povo, especialistas, epidemiologistas”, destacou.
Em aparte, o deputado Osmar Baquit (PDT) comentou que não é contra o Carnaval, mas que não se pode aceitar calado que o poder público invista milhões em Carnaval ainda em um cenário de pandemia. “Gastar dinheiro público com Carnaval é dar um tapa na cara de quem está passando fome”, considerou.
A deputada Dra. Silvana (PL) se posicionou contra os investimentos públicos em festividades até para o revéillon deste ano. “Subscrevi com muita alegria esse projeto e vamos requerer que não seja gasto dinheiro público inclusive no revéillon. É hora de gastar dinheiro público nas obras certas”, avaliou.
O deputado Fernando Hugo (PP) elogiou o projeto do colega. “É um projeto de cearensidade máxima, porque é protetivo, é cidadão e é sanitariamente pronto e perfeito”, pontuou.
Já o deputado Carlos Felipe (PcdoB) considerou ser necessário ter prudência no momento. “Nós não sabemos o que vai acontecer no ano que vem e temos que pensar primeiro em como vai ser o Natal e o Ano Novo em relação às mobilizações. Me preocupa muito ainda o alto índice de contaminação da Covid-19 no Brasil”, alertou.
RG