Segundo o parlamentar, a luta pela água no sertão e no semiárido cearense é histórica, sendo uma realidade que se reflete nas diversas manifestações culturais nordestinas. “A peleja pela água acaba por construir a memória coletiva de um povo que convive com essa realidade durante diversos severos momentos de estiagem”, apontou.
De acordo com o deputado, estudos do plano estratégico Ceará 2050, que busca traçar estratégias para acelerar o crescimento estadual nas próximas décadas, revelam que, dos 184 municípios cearenses, 150 fazem parte do semiárido.
“Essas regiões têm como marca a má distribuição pluviométrica e a seca, fazendo com que a busca por alternativas de garantia do abastecimento humano e de convivência com a seca tenha sido a prioridade das últimas décadas”, destacou.
Diante desse contexto, Acrísio Sena saudou as gestões federais do PT e a atual administração do Ceará pelas ações de enfrentamento a essa realidade.
“Precisamos reconhecer as ações feitas pelo governo do PT em nível federal, principalmente a transposição do rio São Francisco, assim como o conjunto de ações feitas pelo Governo do Estado nos últimos anos”, salientou o parlamentar.
Ainda segundo ele, é preciso ter a capacidade de dimensionar o que significa a água para as comunidades do interior. “Água é vida, é libertação, é símbolo de riqueza para os nossos irmãos cearenses”, assinalou.
Acrísio Sena registrou que, em 2009, foi lançado o Pacto das Águas, que considera como um dos estudos mais bem elaborados sobre a situação hídrica do Estado, ao levantar ponto por ponto e eixo por eixo os principais desafios da temática. “É fundamental buscarmos revisitar esse pacto tão importante para o Ceará”, avaliou.
Em aparte, o deputado Elmano Freitas (PT) considerou o tema abordado como um dos mais estratégicos para o desenvolvimento do Ceará. “Não há possibilidade de desenvolvimento em qualquer área econômica do Estado que não passe pela questão da água”, observou.
Já o deputado Queiroz Filho (PDT) comentou que “é importante conhecer um pouco da nossa história e entender o sofrimento do nosso povo”.
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