Segundo o parlamentar, a proposta, que está em tramitação no Congresso Nacional, vai prejudicar os trabalhadores públicos, além de mexer em direitos adquiridos. “Essa PEC não é boa. O presidente Bolsonaro diz que a proposta vai diminuir os gastos, mas é mentira. A PEC fragiliza o serviço público e permite que cargos em comissão e funções sejam dispostos ao bel prazer do chefe do Executivo”, salientou.
O deputado assinalou que, se aprovada, a PEC vai alterar e retirar direitos e garantias já consagradas ao serviço público, ao mesmo tempo em que vai proteger Forças Armadas, cúpula do Judiciário e Parlamento e a alta cúpula do Executivo. “Essa é uma estratégia de destruição do povo brasileiro. É a pior resposta que um governo poderia dar ao cidadão”, lamentou.
Renato Roseno ressaltou que hoje sindicatos e trabalhadores ocupam as ruas e praças em protesto contra a aprovação da PEC. “Junto-me a esses servidores. Deveríamos buscar medidas para fortalecer o serviço público, e não destruir o que já foi conquistado”, disse.
Será realizada ainda, nesta quarta-feira, na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Assembleia Legislativa, uma audiência pública para tratar e explicar sobre a Proposta de Reforma Administrativa, a partir das 15h. O debate, requerido pelo deputado Renato Roseno, poderá ser acompanhado pela TV e FM Assembleia. “Essa a audiência atende uma demanda do Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público do Ceará. Quem ainda tem dúvidas sobre os danos dessa PEC pode nos acompanhar para o debate”, afirmou o parlamentar.
O deputado repudiou também a fala do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, que afirmou que o “inclusivismo atrapalha a educação brasileira”. Para Roseno, a declaração do ministro é desumana. “É terrível uma criança com deficiência ouvir que atrapalha. É obrigação das instituições de ensino estarem preparadas para receber todos os tipos de crianças e promover a inclusão”, apontou.
GM/LF