O parlamentar apontou o segundo semestre de 2021 como uma última oportunidade para usar da inteligência, serenidade, civilidade e educação para construir “o Brasil que precisamos e o 2022 que queremos”, prevendo uma possível tensão durante o ano eleitoral.
“O Brasil está agredindo inclusive os mortos, e eu me pergunto como cada um desta Casa Legislativa, com um mandato atribuído pelo povo, se comportará nesses últimos meses que antecedem 2022. Um 2022 que, infelizmente, promete ser mais aguerrido e violento; mais do que disputado, parece nos prometer tempos que parecia que tínhamos vencido. É isso que nós queremos? Construir um país cuja população jovem tem como sonho ir embora dele?”, questionou.
Segundo o deputado, os parlamentares têm, a partir de hoje, a obrigação de buscar o equilíbrio da república. “Se nós lavarmos as mãos para nos dedicarmos apenas a nossos projetos pessoais, em 2022 estaremos em uma república de luto”, alertou. Romeu mencionou fome, corrupção em torno da compra de vacinas, agressões a padres, violações de bustos de pessoas mortas, ataques do presidente a urnas eletrônicas e estímulos para compra de armas de fogo como alguns dos principais problemas enfrentados hoje pelo País.
Romeu Aldigueri frisou o tempo de seis meses para tentar apaziguar o País, projetando que, em 2022, o contexto de sucessão de tragédias econômicas, sociais e sanitárias tirará o discernimento para encontrar saídas civilizadas para as divergências. “Quando isso ocorre, ficamos à mercê do pequeno acontecimento. A junção das microviolências controláveis produze uma macroviolência absolutamente fora de controle”, enfatizou.
O parlamentar mencionou ainda os recentes acontecimentos dias após as eleições suplementares em Martinópole, no interior do Ceará, quando uma estátua do radialista Gleydson Carvalho, morto enquanto trabalhava, foi alvo de vandalismos. “É inadmissível que esse tipo de comportamento aconteça ainda. Espero que as autoridades policiais desse Estado tomem as devidas providências, porque os vídeos são claros e demonstram quem fez a agressão”, afirmou.
O deputado Sérgio Aguiar (PDT), por sua vez, salientou que as eleições em Martinópole, realizadas no último domingo (01/08), foram acirradas e respeitosas. “Em nenhum momento as eleições tiveram – a não ser algumas ameaças de pessoas que não eram legítimas ao participar daquele processo eleitoral – algo que pudesse ali macular a vitória do candidato eleito, Betão do James Bel”, frisou. O parlamentar ressaltou ainda seu respeito à memória do radialista assassinado.
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