Roseno informou que, na última terça-feira (15/06), obedecendo ao cronograma de vacinação por idade, recebeu a primeira dose da vacina AstraZeneca. O parlamentar registrou agradecimento à ciência, ao SUS, às políticas sociais e aos trabalhadores que o acolheram no posto de saúde.
“Estamos hoje com o menor nível de investimento em políticas sociais da história recente do Brasil, menos de 3% do PIB, num momento em que, mais do que nunca, a política social se provou indispensável para defender a vida”, assinalou, reiterando o compromisso em defesa do piso salarial e carga horária do profissional de Enfermagem.
O deputado ressaltou que milhares de pessoas não tiveram acesso à primeira dose da vacina em razão da falta de acesso à internet. “Mais do que nunca, é necessário ter em conta a internet como um direito e serviço essencial”, pontuou. Para Roseno, é preciso ampliar o acesso à internet para ampliar também o acesso à cidadania.
“Se você puder cadastrar alguém que você conhece, cadastre. Essa é, talvez, uma das mais nobres tarefas a que nós possamos nos dedicar agora. Mais do que isso, temos que nos dedicar para que isso seja uma política pública: ter acesso à internet para ter acesso à vacina”, enfatizou.
O parlamentar comunicou ainda que, de acordo com o vacinômetro, há, em estoque, 185 mil doses da D1 (primeira dose) da vacina não aplicadas. “Precisamos ampliar a estrutura para ampliar a cobertura de vacinação. Para isso, é necessário ampliar número de postos para vacinação, utilizar equipamentos públicos para isso”, frisou.
Renato Roseno também comentou uma sequência de assassinatos de mulheres, na região do Cariri, ocorrida há 20 anos, em 2001 e 2002. Segundo o deputado, dois dos processos em andamento contra esses crimes estão prestes a ser prescritos, pois a sequência de pronúncia foi proferida apenas no ano passado, em 2020.
Segundo o deputado, autoridades policiais assumem, no passado e hoje, um discurso de que as mulheres foram mortas porque estariam envolvidas com um “escritório do crime”. Roseno indicou que todo assassinato de mulheres guarda em si um componente patriarcal e machista e que, após a morte física, há um processo de naturalização dessa morte, visando justificar a morte pela conduta da vítima.
Em nome da memória das vítimas assassinadas, o parlamentar colocou-se ao lado do Movimento de Mulheres do Cariri para repelir a tese levantada pela imprensa local em relação à justificativa para esses crimes.
“O Brasil não pode continuar a ser um país que, em razão da sua misoginia, machismo, desigualdade, racismo e LGBTfobia, naturaliza formas de violência quaisquer. Nenhuma forma de violência pode ser admitida e normalizada. Mais covarde ainda é saber que os assassinatos dessas mulheres restarão impunes, porque os mandantes e executores do escritório do crime não foram punidos em 20 anos”, criticou.
Roseno também comentou que o governo federal editou, recentemente, uma Medida Provisória, modificando artigo que trata do critério de renda para concessão do BPC-Loas, benefício de um salário mínimo por mês para idosos ou pessoas com deficiência de baixa renda. “Na prática, a lei dificulta a concessão do BPC, porque retira do Serviço Social pelo INSS a atribuição – que é cumprida pelas assistentes sociais do INSS – da avaliação social da pessoa requerente do BPC e transforma isso numa videoconferência”, explicou.
Roseno criticou a medida, apontando que ela é prejudicial de duas formas: primeiro por esvaziar e precarizar o Serviço Social do INSS e da seguridade social, e segundo por dificultar o acesso dos mais pobres entre os mais pobres. “Isso dificulta o acesso das pessoas que ganham até ¼ do salário mínimo per capita. Isso é uma infâmia, uma indignidade, uma injustiça e uma covardia. Vamos continuar na luta pelos direitos socioassistenciais”, afirmou.
BD/LF