Segundo o parlamentar, em breve todos se encontrarão com as urnas para a eleição de prefeitos e vereadores, não havendo como deixar o debate político de lado nesse momento.
De acordo com ele, já começam a surgir vozes divergentes sobre a validade do debate político eleitoral nas câmaras, assembleias e no Congresso.
“Isso aqui é a maior casa de política do Ceará, em que cada um de nós tem representatividade popular de municípios, regiões e da sociedade como um todo. Então, não há como, de vez em quando, deixar de trazer assuntos políticos para cá”, salientou Fernando Hugo.
O deputado enfatizou que o que não é permitido seria “um deputado dizer que é candidato, afirmando que vai fazer aquilo e aquilo”, mas que o debate dentro dos parâmetros que a legislação e a cidadania impõem é algo democrático.
“Esta Casa é o palco maior da política cearense. Este poder, esta estrutura, esta instituição não é um mosteiro de padres beneditinos, nem convento de freiras e nem quartel de Exército, onde não se possa externar os nossos pensares políticos”, assinalou o parlamentar.
Fernando Hugo reforçou, entretanto, que não se pode transformar os momentos de discussão no plenário ou nas comissões em palcos teatrais de política eleitoral em prol disso ou daquilo. “Estamos em uma Casa política, respeitando os outros, mas sem deixar de trazer debates pertinentes das cidades”, pontuou.
Em aparte, o deputado Sérgio Aguiar (PDT) reconheceu que, geralmente, os ânimos ficam mais aflorados durante o período eleitoral, mas que o debate político deve ser preservado na Assembleia.
“Aqui não é uma casa de carmelitas. Estamos representando milhões de cearenses, em todos os lugares, e sempre teremos que tocar no tema política partidária, porque também representamos bandeiras ideológicas”, observou Aguiar.
RG/CG