Segundo o parlamentar, somente com uma reforma os ministérios públicos podem ter boas condições de trabalho, contando, inclusive, com recursos humanos para ampliar as fiscalizações. “Não há uma fiscalização inteligente, não existe a percuciência que um Ministério Público Eleitoral tem que ter, em parcerias com Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Rodoviária”, observou.
Fernando Hugo afirmou ainda que as dificuldades de fiscalização dos órgãos competentes permitem ações ilegais, como compras de voto, sobretudo em regiões mais distantes, no interior dos estados.
O deputado criticou também aqueles que insistem em comprar votos e os que usam, indevidamente, a máquina pública municipal ou estadual para se eleger ou eleger aqueles que apoiam. O deputado não deixou de responsabilizar também alguns leitores que se deixam influenciar por atos ilegais.
“O povo brasileiro degenerou-se. Eu não sei se com esses datismos bolsistas, que surgiram na época de Fernando Henrique Cardoso, depois aprimorados pelo Lula, e que hoje a sequência do Brasil é dar dinheiro, dar as coisas. Sou contra o bolsismo? Da forma com que se implantou e se aprimora no Brasil, sim”, afirmou. Para Fernando Hugo, a medida não refletiu em uma evolução social no Brasil.
O parlamentar criticou também as pesquisas eleitorais, que, segundo ele, induzem os eleitores, além de não refletirem a realidade das intenções de voto, e agradeceu a seus eleitores, que o conduziram ao seu nono mandato consecutivo na Casa Legislativa.
O deputado Sérgio Aguiar (PDT), em aparte, lamentou que as eleições ainda estejam sendo realizadas, muitas vezes, baseadas em fake news, orientadas por pesquisas que podem distorcer e influenciar os votos dos eleitores, além de atos criminosos, como a compra de votos.
GS/AT