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Acrísio Sena debate situação de trabalhadores informais em meio à crise - QR Code Friendly
Quinta, 03 Setembro 2020 12:10

Acrísio Sena debate situação de trabalhadores informais em meio à crise

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Deputado Acrísio Sena Deputado Acrísio Sena Foto: Dário Gabriel
O deputado Acrísio Sena (PT) informou, durante o primeiro expediente da sessão plenária presencial e remota realizada durante a manhã desta quinta-feira (03/09), que, conforme dados de agosto deste ano divulgados pelo Cadastro de Empregados e Desempregados do Brasil (Caged), em apenas dois estados brasileiros o número de pessoas com carteira assinada supera o número de pessoas que dependem do auxílio emergencial. A partir dessa observação, o parlamentar traçou uma reflexão sobre a crise econômica atual e as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores.

Conforme Acrísio, desde a década de 1990, o Brasil vive um processo que ele chama de “desindustrialização”, cuja principal característica é a precarização do trabalho formal, situação que foi contida, ainda de acordo com ele, entre 2008 e 2014, mas que tem se aprofundado cada vez mais desde 2016.

“A pandemia só aprofundou e tornou visível essa realidade, e a ausência de um plano federal que gere emprego, crédito e renda prejudica o desenvolvimento do País e nos impossibilita de pensar no futuro, situação que é ainda mais grave e cruel para os trabalhadores”, alertou.

Ainda de acordo com ele, a situação atual é de concentração de trabalho sem qualificação, a qual chamou de “uberização” do trabalho, que se trata basicamente da combinação do uso da força de trabalho com as novas tecnologias, mas sem direitos trabalhistas garantidos. Além disso, ainda segundo Acrísio, pesquisas apontam, desde a década de 2000, mudanças no mundo do trabalho, onde cada vez mais exigências são feitas aos trabalhadores, na medida em que há o desaparecimento de muitas profissões.

O parlamentar disse ainda que tem dialogado com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, sobre a possibilidade de atualização da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), no sentido de mudar seu foco em auxílio aos trabalhadores.

“As pessoas precisam ter condição de adquirir material para trabalhar, seja um carrinho de vender cachorro quente ou uma cadeira para cabelereiro, pois, sem isso, o País vai afundar mais e mais nessa crise e, para isso, os bancos populares, como o Palmas (do Conjunto Palmeiras) e o Paju (Pajuçara), seriam extremamente importantes”, disse.

Em aparte, o deputado Tadeu Oliveira (PSB) concordou com o pronunciamento de Acrísio Sena. Segundo ele, os grandes bancos não querem correr riscos emprestando dinheiro ao trabalhador informal, fazendo enormes exigências aos pequenos e microempreendedores. “Ter outros canais que levem recursos para que os pequenos empresários possam manter seus negócios é fundamental para garantir alguma renda e os níveis de empregabilidade do Estado”, afirmou.
PE/LF

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 914 vezes Última modificação em Quinta, 03 Setembro 2020 20:00

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