De acordo com a deputada, chegou a até 150% o aumento de preço de máscaras e álcool em gel, produtos indicados para a prevenir a contaminação pelo coronavírus. A parlamentar sugeriu que a AL faça algo a respeito da situação, que ela caracterizou como “extorsão”. “Temos que criar alguma lei, ou documento, que não apenas multe essas farmácias, mas que as puna de alguma forma, pois o cearense está sendo lesado nessa crise”, disse.
Dra.Silvana condenou também a atitude das pessoas em relação à possibilidade de contaminação com o coronavírus e a outras doenças, como dengue, zika e chikungunya. De acordo com ela, todo mundo tem interesse em cuidar de si individualmente, mas não pensam nas doenças que atingem o Ceará todos os anos, que tem espectro de contaminação muito maior.
“Todo mundo compra suas máscaras, mas ninguém quer eliminar a água parada do próprio quintal, principalmente nesse período chuvoso. O Estado não pode fazer isso pelo cidadão, é dever de cada um. Precisamos pensar de forma coletiva, pois a abrangência das doenças provocadas pelo Aedes aegypti é muito maior que a do coronavírus”, argumentou.
Em aparte, os deputados Vítor Valim (Pros) e Walter Cavalcante (MDB) propuseram a criação de uma mesa de gerenciamento de crise na Assembleia Legislativa para fiscalizar e administrar esse tipo de situação.
Vitor Valim ressaltou que a Casa deve tratar esse assunto com a mesma seriedade que tratou a crise dos policiais. Enquanto Walter Cavalcante lembrou que os governos Federal e estadual precisam dar suporte àqueles municípios em dificuldades de se organizar preventivamente.
Já o deputado Renato Roseno (Psol) explicou que, se há comprovações de abuso contra o consumidor, no caso dos estabelecimentos comerciais, estes podem ser autuados. Ele considerou também que o Direito Penal Brasileiro decreta normas e penas para ocorrências do gênero em situação de calamidade ou emergência.
O parlamentar informou ainda que formalizou a proposta de visita, por parte das comissões de Saúde e de Direitos Humanos da AL, aos hospitais que eventualmente poderão receber pacientes contaminados pelo coronavírus, para ver o que está sendo feito no sentido de atendê-los.
O parlamentar considerou também a importância de olhar para outros grupos vulneráveis, como crianças em abrigos institucionais, idosos em centros de acolhimento, adolescentes do sistema socioeducativo, a população carcerária, entre outros.
PE/AT