O pronunciamento de Audic Mota foi motivado por notícia publicada pelo jornal Diário do Nordeste no início desta semana. A matéria aponta “articulações do grupo político liderado pelo ex-vice-governador Domingos Filho”. Audic afirmou que “outros políticos apontavam que esse crescimento não se deve a causas republicanas, mas sim a abuso econômico e de poder”, disse, referindo-se às novas filiações do PSD.
O parlamentar afirmou ainda que o PSD supostamente estaria utilizando a influência política do deputado federal Domingos Neto (PSD-CE), relator do Orçamento da União para 2020, para atrair novos quadros para o partido. “É um cenário que influi em todos os municípios do Ceará”, avaliou.
Em aparte, o deputado Vitor Valim (Pros) afirmou que, caso ocorra negociação de emenda parlamentar, isso deve ser investigado. “É uma acusação forte e dura”, ressaltou. O deputado Danniel Oliveira (MDB) também criticou o presidente estadual do PSD e saiu em defesa do ex-senador Eunício Oliveira, citado por Domingos Filho na matéria publicada pelo Diário do Nordeste.
“Gosto de pensar que na vida existem dois tipos de pessoa, os gratos e o Domingos Filho, que iniciou vida política agarrado às saias do Eunício Oliveira. Chegou longe, mas não foi candidato a governador porque não conta com a confiança de ninguém”, disse.
O deputado Tin Gomes (PDT) indicou que o “assédio” estaria acontecendo com vários partidos. "Não sei se funciona com emendas, mas não concordo com essa prática e não me calarei”, declarou. Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) alertou para a gravidade das denúncias. “Que tenhamos responsabilidade ao dizer e provar. Temos que ter cuidado. Emenda parlamentar e barganha não podem caminhar juntas”, orientou.
A deputada Aderlânia Noronha (SD) saiu em defesa do esposo, o deputado federal Genecias Noronha, do mesmo partido, também citado por Domingos Filho na matéria do Diário do Nordeste. “Ele (Genecias) nunca esteve envolvido em atos corruptos. Sempre foi cuidadoso com a vida pública”, garantiu. O deputado Edilardo Eufrásio (MDB) defendeu que os cargos políticos devem ser usados para beneficiar a população. “Fui prefeito e acho que, quando estamos nessa posição, devemos buscar contribuir”.
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