O programa, que planeja abrir 18 mil vagas, promete aos profissionais do setor um plano de carreira e remuneração de até R$ 21 mil, no primeiro ano de atuação, com a promessa de ganhos de até R$ 31 mil ao longo do tempo. Os valores são muito superiores ao que era pago pelo Mais Médicos, cuja bolsa era de R$ 11,800, mais ajuda de custo.
Na visão do parlamentar, hoje o governo compreende que falhou ao encerrar o vínculo com os profissionais cubanos. “Claro que temos que priorizar os médicos brasileiros. Mas, se não tínhamos quem ocupasse as vagas em lugares específicos, precisávamos dar essa oportunidade a esses profissionais que demonstraram tanta competência e carinho com nosso povo”, justificou.
Carlos Felipe questionou ainda as possibilidades de qualquer programa de saúde pública ter sucesso, diante do congelamento de recursos para a área. “O programa está bem desenhado, mas sem aumento de investimento, não será possível. Desde 2012 não temos reajuste no repasse de verbas do Governo Federal. Vá em qualquer setor de emergência e pergunte se o serviço de saúde pública piorou. Estamos vendo municípios e estados se desdobrado para realocar recursos”, lamentou.
Em aparte, o deputado Moisés Braz (PT) lembrou que a grande conquista do programa Mais Médicos foi levar os profissionais para atender em comunidades extremamente necessidades. “Estes profissionais mereciam título de cidadão dos municípios que atenderam pelos serviços prestados, com qualidade, dedicação e carinho”, opinou.
LA/AT