De acordo com ele, o objetivo é reduzir o número de mortes em decorrência de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto do miocárdio. O deputado comentou que alguns falecimentos já foram contabilizados nestes hospitais, por falta de tratamento em tempo hábil.
“Quando a pessoa tem um AVC, ela ainda tem uma ‘janela’, que permite que receba um treinamento que pode salvar sua vida, mas isso precisa ser feito em até seis horas, caso contrário a pessoa vai a óbito”, explicou.
Em outros casos, como no infarto, a aplicação de um medicamento específico, que deveria estar disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), resolveria.“É inadmissível ainda termos falecimentos por falta de condições estruturais”, lamentou. O treinamento que propôs seria voltado para o atendimento de urgência e emergência e direcionado, sobretudo para os clínicos gerais. “A ideia é ter pelo menos um profissional apto a atender nessas situações de emergência em cada hospital polo”, acrescentou.
Carlos Felipe também comentou alguns substitutivos à proposta de Emenda a Constituição 06/19, ou a PEC da reforma da Previdência. Ele apontou alguns avanços, mas considerou que a proposta ainda é danosa ao cidadão, e que o PCdoB votará contra em âmbito nacional.
Entre as questões que ainda merecem ser revistas, ele destacou a situação das pensões, onde a pessoa viúva receberá 50% do valor, e cada filho recebe 10%; e a das pessoas que realizam “atividades nocivas”, como trabalhar operando máquinas de raio x ou venenos.
Carlos Felipe observou, entretanto, que uma regra única para a aplicação da Previdência não contempla todos os estados. Para ele, cada estado tem uma situação econômica e fiscal diferente, então cada um deveria realizar a sua seguridade conforme sua situação específica.
Quanto a isso, ele informou que está prestes a dar início às atividades da Frente Parlamentar em Defesa do SUS e da Seguridade Social. “Vamos lutar para garantir a saúde, a assistência e a previdência dos cearenses.
Em aparte, o deputado Walter Cavalcante (MDB) comentou que é preciso pressionar o Governo Federal para que ele dê suporte à saúde do Estado. “Infelizmente, assim como o Governo Federal voltou atrás na questão do Banco do Nordeste sob pressão popular, é com pressão popular que vamos conseguir alguma atenção para a saúde do nosso estado. Nós como parlamentares devemos nos posicionar com firmeza em defesa da saúde do nosso Estado”, disse.
PE/AT