Segundo o parlamentar , cada poço profundo equivale a mais de meio milhão, porém a água não é para abastecimento humano. “Se fosse para sanar a sede do povo, eu não falaria nada, mas essa água é para o consumo industrial. É para o Complexo Portuário do Pecém”, explicou.
Capitão Wagner salientou que recursos do Fundo de Defesa Civil do Ceará devem ser utilizados em ações preventivas para situações de calamidade. “São Gonçalo não está na lista dos municípios em situação de emergência. Essa é apenas mais uma irregularidade que podemos encontrar ligada a essa obra”, disse.
O deputado frisou que diversas comunidades de São Gonçalo do Amarante se posicionam contra a perfuração desses equipamentos com receio de que as famílias que dependem de poços rasos fiquem sem abastecimento. “Vai prejudicar a população. Inclusive, existem duas ações judiciais tramitando para que essa água não seja retirada do consumo humano para uso industrial”, avaliou.
O parlamentar enfatizou ainda que esteve no local da obra e viu carros de polícia parados, fazendo a segurança da obra. “Enquanto falta policiamento nos distritos de São Gonçalo, existem viaturas paradas para fazer segurança de uma obra. É absurdo”, afirmou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (Pros) informou que o custo de um poço profundo é em torno de R$15 mil. “Que poço é esse, que custa mais de meio milhão? O Governo do Estado precisa dar uma justificativa para isso. É dinheiro público e o povo tem direito de saber”, assinalou.
GM/PN