Para a deputada, a "família está falida" em termos de educação doméstica. O projeto, conforme salientou, é um pacto entre pais, escolas e governos para complementar a educação dos jovens em idade escolar. “Lá na Islândia foi baixado toque de recolher, proibindo crianças de três a 16 anos de circular após as 23 horas”, relatou.
Para a deputada, isso trouxe uma oportunidade de resgate social associado à educação. “As escolas profissionalizantes foram multiplicadas no Ceará. Mas o fato de os pais muitas vezes não saberem para onde foram seus filhos ou se estão bem acompanhados faz com que apenas a escola não seja suficiente para reduzir os níveis de consumo de drogas”, justificou.
De acordo com Dra. Silvana, sem o acompanhamento dos pais, os jovens podem estar sendo contaminados com drogas, ou, se já forem usuários, podem contaminar alguém. “Se existir esse pacto, teremos o impacto necessário para transformar uma sociedade”.
Segundo a parlamentar, o toque de recolher não pode ser confundido com uma violação de direito à liberdade. Ela acentuou que as facções estão nas ruas cooptando jovens, que facilmente podem desencaminhá-los para as drogas e para o crime.
Dra. Silvana acrescentou que é preciso ter coragem para enfrentar a questão, independente do que é arguido por pessoas que defendem as diretrizes daquilo que é tido como “politicamente correto”. Ela lembrou que investiu na criação e na educação dos seus próprios filhos e espera que todos os pais também sejam capazes de impor limites aos próprios filhos. “Nós somos responsáveis por revolucionar a nossa época”, argumentou.
JS/PN