Dr. Santana explicou que quase 50% da população do País vive em situação de pobreza, porque foi implantado um sistema econômico excludente, que também permite a exploração do Brasil por países mais desenvolvidos. “Isso se pode ver agora em relação ao petróleo. As multinacionais vão receber isenção de impostos, que podem chegar a R$ 1 trilhão”, acentuou.
Apesar do quadro nacional desfavorável apresentado pelo petista, Dr. Santana considera que o Governo do Ceará tem conseguido avanços importantes em todas as áreas, com melhorias no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), tendo como base o período de 2012 a 2015. “Foram mensurados resultados nas áreas de educação, saúde e habitação. Na educação, registrou-se melhoria de 12,5%”, apontou.
Na área de saúde, de acordo com o petista, o modelo brasileiro precisa de investimento dos três governos. Ele avaliou que uma “ação equilibrada”, muitos casos de cirurgias poderiam ser resolvidos pelos municípios, sem a necessidade de transferir o paciente para Fortaleza ou para Juazeiro do Norte, que atende outros municípios da região do Cariri.
“A saúde evoluiu muito nos últimos anos, e são bem melhores os resultados do que as dificuldades. Mas a solução dos problemas passa, antes de tudo, por uma ação do Governo Federal, que controla a maioria dos recursos. Porém o sistema de saúde está em desconstrução, com o Governo Federal reduzindo recursos”, ponderou.
PROJETOS APROVADOS
Dr. Santana também destacou dois importantes projetos de lei de autoria do Governo do Estado. O primeiro é um pedido de empréstimo que irá destinar mais de R$ 240 milhões para o saneamento rural, conforme salientou. “Esses recursos irão proporcionar o crescimento das comunidades rurais que sofriam com a falta de abastecimento d’água”. O outro destina R$ 300 mil para a agricultura familiar e pescadores artesanais, para o desenvolvimento do projeto Mandala, visando a fortalecer as unidades de produção familiar.
O deputado Moisés Braz (PT), em aparte, disse que conhece comunidades atendidas pelo projeto Mandala. “Elas estão fazendo o reúso da água para pequena irrigação. Essas famílias também preservam a natureza, produzindo produtos orgânicos, sem agrotóxicos”, disse.
JS/PN