O parlamentar classificou de “golpe” o ato praticado contra ele, ainda que em consenso com a maioria do bloco. “Foi uma manobra para destituir uma liderança de oposição que tem feito um trabalho de forma combativa, mas com lealdade, decência e respeito mútuo”, pontuou. Leonardo Araújo disse que não foi comunicado sobre nova reunião para deliberar mudança de liderança. “Fui pego de surpresa”, acrescentou.
O deputado lamentou a proporcionalidade que teve a questão, que, segundo ele, saiu do âmbito institucional e foi levada para o lado pessoal. “Passamos por momentos de dificuldades. Saímos do campo da institucionalidade”, relatou. Porém, o parlamentar ponderou que, após conversa com a deputada Dra. Silvana, os dois puderam pedir desculpas pelos “excessos” cometidos com a situação. “Os excessos cometidos têm que ser superados, deixados de lado, para que possamos virar essa página e resolver essa solução - ainda que não dentro da Casa pacificamente ou até judicialmente, mas sem virar questão pessoal”, destacou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) elogiou “a forma fina e diplomática” do peemedebista ao pedir desculpas. “Vossa Excelência cresce. Não sou eu estudioso da bíblia, mas a palavra mais difícil é o perdão”, disse, ao defender que é preciso entender que “cabeças pensantes têm disparidades de comportamentos”.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) observou que o episódio deve ser página virada e parabenizou também a deputada Dra. Silvana, pela postura de ambos. “Quero crer que esse momento já passou. Precisamos discutir problemas corriqueiros do Estado”, opinou.
O líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), disse que estava satisfeito que tudo tenha acabado bem e reconheceu a atitude dos peemedebistas, dando exemplo de que as divergências devem ser superadas. “Estamos aqui para trabalhar pelo povo do Ceará. Briga só nos traz desgaste enquanto políticos e cidadãos”, avaliou.
LS/AT