Daniel Duarte   ESPECIAL PARA O POVO Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.   Sobre o assunto Governo Camilo Santana faz balanço da gestão em 2016   Anúncio esperado durante sessão de instalação dos trabalhos na Assembleia Legislativa, o reajuste salarial de servidores públicos do Estado foi divulgado pelo governador Camilo Santana (PT) após seu pronunciamento, em entrevista coletiva. “Para quem tem remuneração mínima, o Estado seguirá o percentual de inflação, de 6,29%. Os demais servidores deverão ficar em 2%”, disse Camilo.     O reajuste ainda deve ser divulgado oficialmente pela Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz), conforme apontou o governador. As faixas propostas, porém, seguem “limitações que a Lei de Responsabilidade Fiscal permite”, nas previsões para 2017, e “todo o aumento será retroativo a 1º de janeiro”.     Segundo Camilo, há previsão de “grande aumento de déficit da Previdência” em 2017, passando de “R$ 1,5 bilhão” de 2016 para “R$ 1,8 bilhão” este ano. “Já temos para esse ano contratação de 1.400 novos policiais militares, novo plano de carreira da Polícia Civil, novos concursados para Universidade. Isso tudo precisa ser considerado e peço que os servidores compreendam que nenhum Estado está dando revisão e aumento. Estamos fazendo um esforço dentro da limitação do que é possível”, argumentou Camilo.     Questionado acerca da reivindicação de agentes de segurança e parlamentares ligados à categoria de que o reajuste para soldados é “pequeno”, Camilo afirmou que “não está dando reajuste”. “Eu estou cumprindo compromisso que fiz da média (salarial) do Nordeste. Foi formada uma comissão de todos os estados da região para colocar os valores que os soldados recebem. O soldado aqui já recebe a média do Nordeste; estou dando mais que a média. E isso é um salário base”, alegou o governador.     Sindicato repudia   Coordenador-adjunto do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec), José Francisco Rodrigues afirma que o sindicato “repudia totalmente” o reajuste. “Ele aprovou o reajuste da Previdência. Como tira 3% dos funcionários pra dar 2%? O pessoal que ganha mais que salário mínimo não recebeu reajuste. A nota base diz que é o mínimo receber a inflação. Lei criada por Cid Gomes (PDT). Isso é anticonstitucional”, critica.      De acordo com Rodrigues, uma reunião havia sido acordada com o chefe da Casa Civil do Governo, Nelson Martins, para acontecer hoje. Porém, afirma que “não houve chamado”. “Estamos pensando em ir amanhã (hoje) para o Palácio (da Abolição). É um clima de revolta e indignação”, une.