O parlamentar citou o caso do assalto seguido de resgate de presos e roubo de uma viatura para fuga, que aconteceu na delegacia do Bairro Otávio este mês. Na ação, algumas pessoas que esperavam atendimento foram assaltadas e armas de policiais foram roubadas.
“Os bandidos sequer tiveram o cuidado de cobrir o rosto. Eles estão se sentindo donos do Estado do Ceará. O crime está determinando o que o cidadão pode fazer, determinando o direito de ir e vir. Os bandidos estão determinando até em quem as pessoas devem votar. Isso é perigoso demais porque quando o crime se infiltra contamina o processo de votação”, enfatizou.
Capitão Wagner comentou também a notícia publicada na imprensa dando conta que duas facções criminosas teriam quebrado um suposto acordo de paz, e criticou a atuação da Secretaria de Justiça e Cidadania, bem como a permanência da equipe que está à frente da pasta. “Não entendo porque não tem mudança da secretaria”, pontuou.
O deputado sugeriu que a Casa cobre do Governo a instalação dos bloqueadores de celular nos presídios, e também criticou a demora da Assembleia em discutir e votar o projeto de lei complementar 04/2016 da Defensoria Pública do Estado, que trata da isonomia de subsídios dos defensores em relação às demais carreiras do Sistema de Justiça do Estado.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) disse que a evolução do crime organizado no Brasil é perceptível e que os acordos de paz entre facções e a coação para que a população vote em um candidato é absurda. Ele falou que é preciso dar “mais fôlego para a Polícia repressiva. Um PM não pode reprimir como 25, 30 anos atrás”, afirmou.
Já o deputado Roberto Mesquita (PSD) cobrou que a Assembleia instale a CPI do Narcotráfico, enquanto o deputado Audic Mota (PMDB) comentou, em tom de crítica, a postagem do ex-secretário Ciro Gomes, que declarou que haveria um planejamento para criar eventos criminosos chocantes com o objetivo de alterar o resultado das eleições.
O deputado Dr. Sarto pediu aparte para destacar ações do Governo Camilo Santana na Segurança, como a lei das promoções para policiais, as contratações de PMS e melhorias nas condições de trabalho. “Não podemos tirar o mérito da Segurança do Estado e atribuir a um pacto entre comandos criminosos”, afirmou o parlamentar.
JM/CG