Audic Mota defendeu a aprovação de projeto de resolução assegurando que a escolha se dê através de voto separado para cada cargo da Mesa, e não por meio de chapa fechada, “como ocorre atualmente”.
Para ele, é importante que o assunto seja debatido, porque diz respeito a todo o Estado. “Já sei que há até lista correndo na Assembleia, para que a escolha se dê com chapa fechada. Porém acho que o processo, para ser mais democrático, não pode ser mais assim”, opinou.
O parlamentar também comentou o comportamento de determinado deputado, que, segundo ele, está utilizando as redes sociais para fazer ataques ao adversário eleitoral. “Vejo com tristeza os ataques acontecidos. Não podemos achar que isso é normal. Vimos um colega da Casa, que foi secretário de educação da Capital, em uma postagem infeliz, cometendo um crime ou brincadeira de mau gosto. Fez chacota com o posto militar do candidato Capitão Wagner, que é também seu colega de Parlamento. Isso pode ser alvo de ação judicial”, advertiu.
Para o peemdebista, é descabido um parlamentar usar redes sociais para incitar as suas bases a denegrir uma imagem de deputado. “Temos de dialogar quando é possível. Mas um colega de Parlamento tem que guardar respeito. Se fosse brincadeira, deveria haver no mínimo uma intimidade muito grande”, o que não é o caso.
Audic Mota lembrou que há um Código de Ética na Assembleia, e um deputado não pode se comportar de uma forma quando está no plenário, na tribuna e de outra quando está nas redes sociais. “Quero fazer o registro para pedir uma cautela nessas questões. Se não houver providências, daqui a pouco iremos voltar a uma quase guerra dentro do plenário”, afirmou.
Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) disse que é importante lembrar que quando o mau exemplo vem de cima, acaba incitando a base. “Por isso digo que os cargos comissionados são cabide, porque essas pessoas se utilizam do tempo em que deveriam estar prestando serviço para desgastar a imagem do adversário. Se eleito, vou cortar dois mil cargos. Não vou puxar esse tipo de debate. Quem mais perde é o parlamento” asseverou
A deputada Dra. Silvana (PMDB) disse que também já sofreu nas redes sociais. “Envelheci 10 anos em um final de semana. Fui chamada de homofóbica, fundamentalista e ridicularizada. Até hoje não assumi a Comissão de Direitos Humanos porque um deputado me tirou com uma postagem”. O deputado Fernando Hugo (PP) disse que já foi desacatado por palavras vindas das galerias da Assembleia. Ele assinalou que também o advogado Xavier Torres, em audiência pública, teve o “ultraje comportamental” de insinuar que há parlamentares com processos na justiça por isso assumem determinadas posturas.
JS/CG