“O sistema penitenciário está dominado e o nosso povo assombrado. Enquanto a população está presa em casa, os bandidos estão soltos nas ruas. E o nosso sistema prisional, que deveria ressocializar os detentos, está servindo como escola para bandidos. Basta uma revista nos presídios e são encontrados vários aparelhos celulares, de onde estes dão ordens criminosas. Ou seja, o sistema é falho. Chegou a hora de tomar uma iniciativa”, cobrou.
Para o parlamentar, a solução seria uma parceria com a iniciativa privada, buscando uma reestruturação funcional em pontos específicos, no que se refere à gestão de presídios. “Há uma grave crise no sistema penitenciário e nenhuma medida efetiva foi tomada pelo Governo. É o momento de criarmos mecanismos para melhorar a segurança do nosso Estado e a saída é essa privatização. Temos que moralizar o sistema”, afirmou.
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) concordou que muito do problema da insegurança advém das falhas do sistema penitenciário, mas discordou que a privatização seria solução. “As empresas, em vez de ressocializar, vão querer ainda mais presos lá dentro. Tenho pesquisas de várias partes do mundo onde se privatizou e não deu certo. As melhores soluções passam por rearranjo da gestão pública e organização da Polícia e Justiça”, opinou.
O deputado Audic Mota (PMDB), por sua vez, lembrou que o problema há muito tempo vem sendo abordado pelos jornais e nenhuma solução é apontada pelo Governo do Estado. “Estamos assistindo um show de desgoverno. Ontem mesmo, em Quixadá, houve outra troca de tiros, como se fosse uma cidade de gângsters. E se lembro bem a segurança pública era um compromisso do Governo e está sendo o seu maior problema”, criticou.
LA/AT