De acordo com Ely Aguiar, as secretarias cearenses “incham a máquina pública e provocam gastos exorbitantes ao Estado”. “O Ceará está atolado em dívidas, e o nosso secretário da Fazenda está viajando mundo afora, tentando prorrogar prazos ou conseguir dinheiro emprestado para pagar dívida”, pontuou.
O parlamentar informou ainda que, segundo o Banco Central, o Ceará possui um déficit de R$ 2,5 bilhões. “Enquanto isso, criamos secretarias caça-fantasma”, afirmou, reforçando que muitas secretarias têm como único objetivo empregar pessoas selecionadas – não concursadas – pelo Governo.
Ele questionou a existência de algumas pastas, como as de Relações Institucionais e de Relações Internacionais; além da Secretaria Geral do Estado e do Gabinete do Governador, o qual, segundo ele, tem status de secretaria.
Muitas dessas pastas, conforme observou, poderiam ser incluídas em outras mais essenciais. A de Educação Superior poderia ser absorvida pela Secretaria de Educação, exemplificou, enquanto outras “nem têm por que existir”.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) apontou ainda como exemplo de órgão com status de secretaria e que poderia ser absolvido por outra pasta a Secretaria de Assessoria Especial, e disse que o discurso de Ely Aguiar é correto. Na sua opinião, o endividamento do Estado é decorrente das “farras feitas quando a economia ainda ia bem”.
O deputado Agenor Neto (PMDB), por sua vez, disse que o governador deve parar de ver a oposição como inimiga. “Se ele parar para observar, verá que somos extremamente honestos com o nosso mandato e com a sua gestão, e o que o que tentamos fazer aqui é ajudar o povo cearense, dando prioridade ao que deve ser priorizado”, defendeu.
PE/CG