No documento, a peemedebista, que informou ter estudado o assunto antes de elaborar a proposta, destaca a necessidade de participação “do setor privado para essa importante atitude" de faxina do Estado. Segundo ela, está previsto um aumento do número de casos em abril e, com isso, há necessidade de cada um estar mobilizado. “Quem tem que fazer isso é o Poder Executivo”. A deputada garantiu que entregará o projeto pessoalmente ao secretário de Saúde, Henrique Javi. “Estou dizendo, alarmando mesmo a população, é uma futura geração da microcefalia, que é pior que a famigerada paralisia infantil”.
Dra. Silvana afirmou que a doença tem abrangência mundial e está desafiando as autoridades de saúde. “Conhecer a epidemiologia dos arbovírus é fundamental para nós combatermos”, disse. Conforme a deputada, a principal suspeita da disseminação da zika foi que tenha ocorrido depois da Copa do Mundo. “Outra coisa: é um mesmo artrópode que já transmite a famigerada dengue. Então, não é uma surpresa para nós. Já é um problema que empurramos com a barriga”, acrescentou.
Em aparte, deputados Leonardo Araújo (PMDB), Ely Aguiar (PSDC) e Capitão Wagner (PR) manifestaram apoio à peemedebista. Leonardo Araujo acrescentou “que toda celeuma que o Estado e o País vivem em virtude do alastramento da zika é por conta da ineficácia do Governo Federal e do Estado”. Para ele, não se concebe mais que as políticas publicas sejam utilizadas posteriormente, e não preventivamente. “E clamo os governos Federal e Estadual a assumir a responsabilidade e conscientizar a população”, disse.
O deputado Ely Aguiar acrescentou que o tema deve ser debatido “exaustivamente na Casa, porque mexe com a saúde e a vida das pessoas”. Ele endossa a tese de que a doença tenha se alastrado com a Copa do Mundo, em 2014, uma vez que não houve critério algum por parte do Ministério da Saúde para receber turistas durante o evento esportivo. O deputado sugeriu que o Estado invista em um projeto de saneamento básico.
O deputado Capitão Wagner acredita que para “vencer essa crise” (alastramento do vírus), Fortaleza precisa investir em saneamento básico.
LS/AT