O parlamentar afirmou que o exemplo de redução de custos deveria partir do próprio Governo Federal, que mantém um “exagero” de 39 ministérios públicos. “Num momento de dificuldade do trabalhador, o Governo corta o seguro-desemprego. Não vejo outro ajuste fiscal sendo feito, a não ser o corte de investimentos. Aqui, no Ceará, várias obras estão paradas”, assinalou.
O deputado citou, como exemplo, a paralisação do Cinturão das Águas, a transposição do rio São Francisco, o Mercado dos Peixes, em Fortaleza, e a Vila Olímpica.
“No Acquario e no Centro de Eventos do Ceará é a mesma coisa. Foram feitos cálculos errados. Não tem nenhum aquário no mundo que, por si só, alavanque o turismo em sua cidade. O Ceará já gastou sua contrapartida, e o empréstimo não saiu. Nós desta Casa e o povo do Ceará fomos enganados. O VTL (Veículo Leve sobre Trilhos) é a mesma coisa. Uma obra mal feita. E o que ganhamos do legado da Copa? Dívida. Cadê os 10 shows que iriam vir por ano para o Castelão?”, questionou o parlamentar.
Em aparte, o deputado Evandro Leitão (PDT) discordou dos argumentos de João Jaime, afirmando que o Centro de Eventos é sim um bom investimento, que aquece a economia cearense. “Nosso Estado é pobre e não podemos deixar de investir nos segmentos em que temos vocação, como o turismo”, declarou.
Para o deputado Roberto Mesquita (PV), as obras estaduais foram investimentos sem o retorno anunciado.
LA/AT