O parlamentar acrescentou que o pequeno aumento de temperatura registrado está causando fortes erosões no litoral. Roberto Mesquita lembrou que o Protocolo de Kyoto, assinado pelos países em 1998, previu a redução das emissões de carbono por todos os signatários. Porém, os Estados Unidos, um dos maiores emissores do mundo, não subscreveu o documento. “Os países que são os mais poluentes, em seus discursos se dizem muito preocupados com o meio ambiente, mas não adotam as medidas necessárias para deter o crescimento do aquecimento global”. afirmou.
Diante do quadro apresentado, Roberto Mesquita disse ser necessário um debate sobre a implantação de termelétricas movidas a carvão no Ceará. Segundo ele, essa é a forma mais poluente de se produzir energia. Por isso, não poderia ser colocada em funcionamento sem um estudo mais aprofundado. “Espero que o governador eleito também entre nessa agenda ambiental”, pontuou.
O deputado acentuou ainda que serão utilizados 150 mil quilos/hora de carvão nas duas termelétricas que entrarão em funcionamento no Pecém, causando severa poluição ambiental. Roberto Mesquita destacou que, no Ceará, deve ser incentivada a produção de energia limpa, como a solar e a eólica.
O parlamentar lembrou que, há poucos anos, havia uma grave preocupação com a extinção da camada de ozônio na atmosfera do planeta. Porém, houve uma grande mobilização da comunidade global, e o gás responsável pela destruição do ozônio, utilizado em desodorantes e equipamentos de resfriamento, teve seu uso abolido, quase que totalmente.
Em aparte, o deputado Professor Pinheiro (PT) disse que a preocupação com o meio ambiente é importante. Porém, destacou que houve um debate profundo sobre a instalação da termelétrica a carvão no Ceará. “Precisamos verificar os estudos realizados, para que se conheça o real impacto desse equipamento. Vale salientar que há estudos sendo realizados pelo Estado para recuperar áreas degradadas. Estamos exportando, inclusive, para países africanos essa tecnologia”, assinalou.
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