Segundo o parlamentar, Guimarães chegou a declarar que, após as eleições, voltaria a trabalhar, por meio de projeto de lei, pelo controle da imprensa. “Aí vemos também uma ameaça à Constituição Brasileira”, avaliou.
O deputado citou palavras do ex-ministro da Comunicação Social do Governo Federal, Franklin Martins, afirmando que “imprensa deve ser livre e, se romper com um segredo de Justiça, responderá por isso”. Para o deputado, quanto mais livre a imprensa for, melhor, embora reconheça os exageros provocados por alguns jornalistas. “Mas existe a lei. Existem os meios legais”, argumentou.
Ely Aguiar disse que a ditadura agiu dessa forma e muitos brigaram pela liberdade de imprensa. “Não existe democracia sem uma imprensa livre”, comentou, acrescentando que a pretensão significa um retrocesso “e coisa da ditadura. Eles estão se sentindo incomodados em função do grande número de escândalo que está aparecendo contra o pessoal do PT”, assinalou.
Ely Aguiar lembrou que, durante a 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (Iacc), em Brasília, a presidente Dilma Rousseff deixou clara sua posição em relação ao assunto, sendo contrária ao controle da imprensa, ao dizer que “é sempre preferível o ruído da imprensa livre ao silêncio da ditadura.”
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) destacou as consequências de se amordaçar a imprensa, um “sonho de consumo do PT”. “Mas o povo não vai deixar amordaçar a imprensa, porque as instituições brasileiras são muito fortes”, disse.
O deputado Dedé Teixeira (PT) afirmou que pela democracia somos obrigados a ouvir de todas as formas (de regulamentar). “Não vamos penalizar pessoas, quando na realidade o que o deputado Guimarães colocou foi que é preciso discutir a regulamentação (dos meios de comunicação)”, defendeu.
LS/AT