“A CPI da Petrobras, que já tinha números satisfatórios, era para ser emplacada pelo presidente do Senado (Renan Calheiros), mas ele, juntamente com os governistas, está em desespero frente a esse escândalo tenebroso da Petrobras e arquitetaram uma outra CPI em que consta esse assunto atrelado a dois outros assuntos completamente desconexos”, criticou, afirmando que a ideia é ferir os tucanos.
Ele sugeriu que fossem instaladas outras comissões parlamentares para cada assunto. “Mas o objetivo de fazer isso é melar a CPI da Petrobras, que mostraria que até no Palácio a dona Dilma tem pecados esquisitos e esquizofrênicos”, acrescentou.
O parlamentar disse que postura choca “a todos os brasileiros cidadãos que querem percuciência máxima e saber até que ponto vai esse rombo bilionário, porque quebraram essa empresa mais valiosa do Brasil”.
Segundo o deputado, o dinheiro da refinaria de Pasadena financiou campanha de Lula e Dilma. De acordo com ele, Albert Frére comprou a refinaria por U$ 42 milhões como sucata e vendeu à Petrobras por U$ 1,12 bilhão. Albert é vice-presidente da GDF Suez Global LNG, dona da Tractebel, que possui dezenas de hidrelétricas, termelétricas e eólicas no Brasil. Conforme Hugo, a Tractebel doou R$ 300 mil para a campanha do ex-presidente Lula, patrocinou o filme "Lula, o Filho do Brasil", e doou R$ 1,5 milhão para a campanha de Dilma. “Existe um estado de pânico, porque essa apuração vai bater em Dilma”, disse.
Além disso, o parlamentar informou que há uma outra acusação sobre a Petrobras: a venda da refinaria de San Lorenzo para o grupo argentino Oil Combustibles por um valor inferior ao que valia. “É tão escabroso como a de Pasadena. Vejam essa matéria e percebam o motivo maior do destempero comportamental dos petistas para não deixar que exista a CPI”, acentuou.
Em aparte, o deputado Idemar Citó (DEM) endossou o discurso de Hugo e disse que o PT “sempre foi assim: quando a imprensa chegava no Lula ele dizia que não sabia; assim também é a Dilma. E a CPI, se não sair, com todas essas manobras, tem que rasgar o regimento na Câmara e Senado, porque é inconstitucional”. Para ele, os fatos são contundentes. “Da gestão de Lula para a da presidente Dilma, a fedentina é grande e só tem um jeito de dar resposta a isso: nas eleições”, pontuou.
O deputado Dedé Teixeira (PT) disse que a auditoria interna já está avaliando e está dando esclarecimentos à sociedade e não vê necessidade da CPI da Petrobras.
LS/CG