A deputada leu parte das reportagens de hoje dos jornais O Povo e Diário do Nordeste, que dedicaram páginas a Nelson Mandela. “Lamento a perda de um dos mais influentes e corajosos líderes políticos do mundo. Parabenizo os dois jornais pelas matérias. Mandela foi um estadista que dedicou a vida ao resgate de seu povo oprimido e deixou para a humanidade a mensagem da cura de uma das maiores chagas do mundo: o racismo”, disse.
Nelson Mandela morreu aos 95 anos e dedicou 70 deles à luta pela desigualdade racial. Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, Eliane Novais falou sobre a trajetória de vida do líder político vencedor do prêmio Nobel de 2003. “O PSB fez homenagem a Nelson Mandela e nosso presidente, o governador Eduardo Campos, disse que o legado de Mandela continua vivo em todo o mundo”, pontuou.
A parlamentar enfatizou números nacionais que mostram a segregação racional no Brasil. Segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), a chance de um negro ser assassinado nas grandes cidades brasileiras é 3,7 vezes maior que de um branco sofrer essa violência. “Setenta por cento dos pobres no Brasil são negros. Eles ganham menos e as mulheres negras menos ainda”, afirmou.
A deputada faltou ainda sobre a redução de investimentos do governo do Estado em saneamento básico. “Em 2012, Cid investiu R$ 919,7 milhões e, em 2013, foram R$ 816,5 milhões. Por isso a evolução dos índices de saneamento foi só de 2% nesse período”, afirmou.
A parlamentar acredita que nesse ritmo seriam necessários 80 anos para que a Cagece atendesse a meta de até o final da Copa ter 65% de Fortaleza com saneamento. “Hoje a cobertura da Cagece é de 53% da Capital. E como crescer com redução de investimentos?”, questionou. Eliane Novais ainda relacionou a falta de saneamento básico com problemas de saúde e educação. “O impacto é direto. As crianças que vivem sem saneamento têm redução de 18% no aproveitamento escolar”, afirmou.
A deputada citou ainda obras do Governo do Estado em áreas da Capital que ainda não têm saneamento. “O centro de Eventos, que é um dos maiores da América Latina, está numa área sem esgotamento. O Aquário do Ceará será construído no entorno de muitas praias poluídas”, pontuou Eliane.
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