Eliane ressaltou que deve haver mais disponibilidade do Governo do Estado em conversar com os professores e que a maior frustração do movimento grevista se deu porque não foi oferecida, pelo Governo, nenhuma garantia para que a greve seja suspensa. “Os grevistas não aceitaram a proposta do Estado de encerrar a paralisação e criar uma comissão que estude as mudanças a serem implantadas nas universidades, por meio de seminários ou encontros”, disse.
Segundo a deputada, os grevistas tem uma extensa pauta de reivindicações, entre elas o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos; concursos para professores efetivos e políticas de assistência estudantil. “O Governo precisa saber que somente por meio da concretude do diálogo é possível encontrar uma saída para a greve. Importante que se diga que o Estado leva a cabo essa velha estratégia de só abrir as negociações da pauta de reivindicações com a condição de suspensão da greve”, apontou.
Eliane Novais salientou que existe um histórico de acordos firmados com outras categorias que foram posteriormente descumpridos pelo Governo. “As greves recentes dos trabalhadores do Detran, por exemplo, sempre foram motivadas por questões e demandas que não foram completamente resolvidas, apesar de compromissos firmados pelo Estado”, criticou.
A deputada frisou, ainda, que a situação das universidades é de abandono e precariedade, no que diz respeito a infraestrutura e as condições de trabalho dos professores e servidores. “Além de melhorias salariais é preciso maior investimento na estrutura física das universidades”, ressaltou.
Em aparte, o deputado Júlio César (PTN) salientou que o líder do Governo, José Sarto (Pros), está levando para o governador as reivindicações da categoria e vai negociar um encontro do comando de greve com Cid Gomes.
GM/LF