De acordo com o tucano, o milho disponibilizado aos produtores rurais pelo Governo Federal para alimentar o rebanho “está sendo pessimamente distribuído”. Outra questão apontada pelo parlamentar foi a instalação de cisternas de polietileno, que fazem parte do Programa Água Para Todos, parceria entre o Governo do Estado e o Ministério da Integração Nacional. O deputado destacou que as cisternas de polietileno, mais caras do que as de cimento, desgastam-se mais rápido, devido às altas temperaturas no Interior.

O parlamentar questionou a escolha do material e sugeriu uma investigação da Câmara Federal. “Quem se beneficiou com a venda de cisternas de polietileno?”, indagou. “Não há quem me tire da cabeça que aquela compra desmesuradamente grande tem cheiro de podre no ar”, acrescentou o deputado.

Em aparte, o deputado Osmar Baquit (PSD) afirmou que a melhor maneira de minimizar os efeitos da seca, de forma emergencial, seria a perfuração de poços. “De promessa em promessa, as pessoas vão passando a se desiludir”, salientou.

O deputado Vasques Landim (PR), por sua vez, disse que os produtores estão vendendo o gado por 60% a menos do valor recomendado. “O sofrimento do homem do sertão é constante. Os pequenos açudes do interior do sertão não têm mais água, a pastagem acabou”, ressaltou Vasques.

Os deputados Roberto Mesquita (PV), Fernanda Pessoa (PR), Eliane Novais (PSB) e Antonio Granja (PSB) também cobraram ações mais efetivas para reduzir os efeitos da estiagem. “Vamos pedir ao governador que tenha vontade política. A perfuração dos poços é uma ação emergencial, não pode deixar para amanhã e nem para depois”, colocou Eliane.
RW/AT