Segundo o parlamentar, o impasse foi gerado a partir da recusa de parte da população da região em adotar a solução apresentada pelos técnicos da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) para o problema, que seria a transposição das águas do açude Flor do Campo, em Novo Oriente, para a cidade de Crateús. “Em mais dois ou três meses Crateús entra em colapso total com a falta de água e precisa dessa reposição”, alertou.
No entanto, segundo ele, parte da população da região não aceita. “Há uma preocupação da população, e o nosso pronunciamento serve para alertar que nós temos que acreditar no que os técnicos da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos estão apresentando”, ressaltou.
Segundo ele, a transposição é “a única solução viável”. “A verdade é que não existe outra saída. É a única forma de o município não entrar em colapso”. O deputado lembrou que o tema foi tratado em audiência pública, em Crateús, solicitada por ele e realizada no dia 18 de março. “Teoricamente, teríamos todo o inverno pela frente. Mas já sabíamos dos números apresentados pela Funceme e que teríamos dificuldades”, disse.
Ainda durante o seu pronunciamento, Nenen Coelho pediu que o momento de dificuldades na região não seja usado como política partidária “para jogar farpas em quem seja de oposição ou em quem seja de situação”.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) destacou a importância de se ter uma reserva hídrica para enfrentar cinco ou seis anos de seca. O deputado Welington Landim (PSB), relator da Comissão Especial de Enfrentamento à Seca da Assembleia Legislativa, concordou que a transposição é a única solução possível e viável no momento, acrescentando que não existe a intenção, por parte do Governo do Estado, de que a região seja prejudicada.
O deputado Ely Aguiar (PSDC), por sua vez, ressaltou a importância das ações do ex-governador do Estado e ex-senador Tasso Jereissati no combate à seca no Ceará. “Justiça seja feita: nós não podemos deixar de falar em açude sem falar no nome de Tasso. A situação não é mais caótica em razão de um governo futurista, que investiu muito na reserva em águas para o consumo humano”, avaliou.
RW/CG