Conforme o parlamentar, não faz sentido que se queira atribuir mais irregularidades do que o registrado. “A amostragem realizada pela CGU apontou que são residuais os desvios, diante da grandeza do programa. Se alguém recebeu fora do perfil, justiça neles. Agora, não se pode pegar esses maus exemplos para incriminar um prefeito adversário e dizer que é conduta de partido”, disse.
Para Antonio Carlos, é possível e necessário aumentar o controle social sobre o Bolsa Família. “É impossível a CGU controlar todos os municípios. Quem tira o dinheiro sagrado do povo que responda. O Bolsa família mudou a vida de muita gente para melhor”, assinalou.
O deputado abordou também a discussão sobre a distribuição de água do açude Flor do Campo, localizado no município de Novo Oriente, e que poderá também servir à cidade de Crateús. Ele defendeu a construção de uma adutora, sob pena de haver muita perda por infiltração e evaporação se o transporte da água percorrer o leito do rio.
Antonio Carlos registrou ainda que a Comissão de Ética da Câmara Federal arquivou, por 13 fotos a zero, o pedido de representação contra o deputado Eudes Xavier (PT-CE), que havia denunciado a prática de espionagem pelo Governo do Estado. “Sabíamos que o pedido não tinha consistência. O deputado, no uso legal de suas prerrogativas, fez manifestação política”, frisou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) disse que é preciso fiscalizar e monitorar melhor o Bolsa Família. “Se a CGU correr todos os municípios do País, vai encontrar um número muito maior de irregularidades”.
Dedé Teixeira (PT) observou que o Partido dos Trabalhadores tem cerca de 500 prefeitos e o programa abrange todo o País. ”As prefeituras que realizam os cadastros precisam ter o olhar mais acurado, para não cometer injustiças.”
Osmar Baquit (PSD) também pediu que os infratores sejam punidos. “O Bolsa Família tem de ter porta de entrada e saída, com a profissionalização dos beneficiários”, assinalou.
Lula Morais (PCdoB) acrescentou que relatório da CGU aponta baixos índices de irregularidades. “Na amostra de 11.686 casos, apenas 2,4% tinham renda superior à estipulada pela legislação”, apontou.
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