“Esse cidadão que se diz jornalista, Érico Firmo, escreve coisa que é de ficar com vergonha. Ou pela falta de caráter, ou pela submissão a uma ordem recebida ou por ignorância”, disse o deputado, ao levantar hipóteses sobre a origem das declarações na coluna de O Povo.
Carlomano disse que seu advogado, Irapuam Camurça, aconselhou-o a não mais “mexer” nisso. “Mas não posso ler um texto de uma crueldade tão grande e ficar calado. São atentados não só ao vernáculo, como à Justiça e a uma das maiores juristas, a ministra Laurita Vaz, do TSE”, afirmou.
De acordo com o deputado peemedebista, o jornal O Povo preparou uma emboscada quando criou elementos que o levaram a julgamento no Tribunal Regional Eleitoral. “Se eu fosse o repórter, ia preferir perder o emprego e não faria o que ele fez”, considerou. Carlomano recordou que estava em Aracati e um repórter do jornal se fingiu de doente, e sua irmã, a vereadora Magaly Marques (PMDB), que também é médica, atendeu-o. “Ele, de maneira hipócrita e indecente, gravou a consulta e foi entregar a um procurador, com o objetivo de me alcançar. Mas o objetivo era alcançar o governo”, reforçou.
Carlomano leu a coluna de O Povo onde é narrado um entrevero entre ele e outro deputado. Entre as “mentiras” escritas pelo jornalista, conforme assinalou, é dito que o deputado teria sido demitido da função de vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa. Carlomano explicou que, na realidade, ele percebeu que havia a intenção de se alcançar o Governo do Estado, através de “ataques” ao vice-líder, e pediu exoneração em 2 de fevereiro passado.
Carlomano acentuou que não se sente constrangido, mesmo com os ataques do jornal. “Recebo cotidianamente afetuosos abraços dos companheiros e dos funcionários”, disse. O peemedebista observou ainda que o jornal está “em campanha contra o governo Cid e esteve contra Roberto Cláudio, apoiando o PT pelos motivos que todos os deputados sabem”.
O parlamentar afirmou que não está cassado pelo TRE, ao contrário do que foi afirmado pelo colunista. O texto publicado “é uma peça de acusação contra a minha dignidade, porque não estou cassado”, frisou. O peemedebista leu ainda os artigos primeiro e 55 da Constituição Federal, para referendar essa afirmação. Ele lembrou, citando a Carta Magna, que cabe à Assembleia Legislativa promover a cassação de deputado estadual, após ampla defesa.
“A perda será declarada pela Mesa da Casa ou de ofício, assegurada a ampla defesa. O jornalista confunde Justiça Eleitoral com o TRE. A Justiça tem graus de recurso. Por que esse enfrentamento?”. Ele citou também outras decisões do TSE que asseguraram manutenção de mandatos de outros políticos do Brasil.
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