Para a parlamentar, esse é mais um caso em que questões econômicas se sobressaem à dignidade e à vida humana. “Agora dependeremos única e exclusivamente do que está estabelecido nesse rol, e eu penso na situação dos pacientes com doenças mais raras ou que requerem tratamentos mais específicos. Espero sinceramente que essa decisão não se reverta na morte de muitas pessoas, pois causará ainda mais dor e sofrimento para suas famílias, que já lutam tanto pela vida de seus entes”, avaliou.
Outro assunto abordado pela deputada foi a situação do município de Caucaia. Segundo ela, muitos políticos destacam avanços da atual gestão, mas ressaltou que gostaria de ouvir da população se realmente o básico vem sendo oferecido. “Falam muito aqui dos avanços de Caucaia, mas quero me dirigir à população de lá. Vocês sentem esses avanços? Pois o que nos chega são denúncias de atraso na merenda escolar, falta de atendimento e remédios nos postos de saúde, além do impedimento de atividades dos nossos trabalhadores do turismo”, provocou.
Érika Amorim reconheceu alguns avanços da atual gestão, como a construção de um espigão no litoral caucaiense, mas não vê o mesmo empenho para questões básicas da população. “A intenção é trabalhar para a população ou para os grandes empresários? E se avanços estão acontecendo, muito se deve à situação favorável deixada pelo ex-prefeito Naumi Amorim”, afirmou.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) lamentou o atraso na merenda escolar, uma vez que os recursos continuam chegando. “A falta da merenda escolar está causando sérios problemas à saúde desses alunos. Em Crateús atendi uma criança que desmaiou de fome, por hipoglicemia”, alertou.
Já o deputado Walter Cavalcante (PV) lembrou que em um ano de gestão é impossível que um gestor consiga resolver todos os problemas de um município. “É impossível resolver tudo em um ano, ainda mais de um município grande como Caucaia. A senhora reconheceu muitos avanços da atual gestão, assim como quando seu esposo era o gestor, e isso é louvável. Mas a população julgou e escolheu um novo representante, e temos que dar tempo para o trabalho acontecer”, considerou.
LA/LF