“O Brasil é o terceiro maior exportador de proteína animal do mundo. A fome não é por falta de comida, e sim por um problema social. O Governo de Jair Bolsonaro é concentrador de riquezas. O Brasil voltou para o Mapa da Fome”, lamentou o deputado, que destacou a matéria de capa do jornal O Povo sobre o assunto.
O deputado frisou ainda que, da população brasileira, 120 milhões de pessoas estão em insegurança alimentar. “Insegurança alimentar significa que o cidadão não tem regularidade a uma alimentação adequada. Somamos a pandemia com o pandemônio que é o Governo Federal. Precisamos de políticas públicas urgentes para minimizar a fome”, disse.
O projeto Santa Quitéria, do Governo do Estado, que vai produzir urânio e fertilizantes para atendimento da agropecuária do Norte e Nordeste, foi outro assunto levantado pelo parlamentar.
Renato Roseno explicou que recentemente foi anunciada a medida de apressar o licenciamento para a usina de urânio em Santa Quitéria, que vai utilizar 853 mil litros de água por hora. “A justificativa é a geração de empregos, de urânio e fosfato, mas é preciso entender que a cadeia produtiva nuclear está sendo desligada em várias partes do mundo. Além da insegurança e grande possibilidades de acidentes, existe a contaminação”, assinalou.
A usina vai causar danos à saúde e à natureza por ser uma tecnologia nuclear e perigosa, segundo o deputado. “É uma cadeia produtiva perigosa, com dias contados, já que o mundo está fazendo uma transição para matrizes energéticas limpas. Para que atrair esse investimento? Além da insegurança hídrica, é tóxico. Professores já reiteraram que o urânio, mesmo inerte, é perigoso. Isso será uma cadeia radioativa cara, insalubre, perigosa e insustentável”, afirmou.
O parlamentar ressaltou ainda que já provocou o Ministério Público Federal para acompanhar a situação. “É preciso resguardar a segurança hídrica e os direitos humanos”, afirmou.
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