Para o parlamentar, a proximidade do período eleitoral seria o motivo para a conduta dos interrogatórios durante as reuniões. “Estamos perto das eleições e sabemos que os ataques àqueles que fazem a oposição ao Governo vão começar. Mas estão usando o puro discurso politiqueiro para acusar o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil-CE) de criminoso e miliciano, e acredito que, se houvesse qualquer suspeita, ele já deveria ser investigado pela Justiça”, opinou.
A CPI tem tido como objetivo gerar manchete política e desgastar a imagem do maior adversário do grupo politico que está no poder atualmente, segundo avaliou o deputado. “Disseram que a CPI atuaria de forma justa e respeitosa, mas, no primeiro depoimento, tentam induzir o cidadão a acreditar que saques feitos por parte de associações foram ilícitos.
Soldado Noelio cobrou uma investigação séria por parte dos membros da comissão e frisou a importância da apresentação de provas para as acusações feitas. “Estão expondo trabalhadores a situações vexatórias sem quaisquer provas. Há prova de que houve um saque para a associação? Eu quero uma CPI séria, com provas de ilicitude. Queria ver isso na CPI da Enel ou em relação ao Acquario. Pois se a prova é o saque, mostrem a ilicitude nesses gastos. No processo judicial em que o Governo pediu a suspensão da atividade das associações, a juíza concluiu que não houve uso indevido dos recursos”, afirmou.
Em aparte, o deputado Heitor Férrer (SD) sugeriu que a CPI estava apenas atrás de um culpado. “Tudo está resolvido quando se acha um culpado. Mediocridade sebosa a do Governo do Estado querendo relacionar o motim com o deputado Capitão Wagner e responsabilizá-lo pela violência do Ceará. Então vamos arranjar um culpado pela pobreza do Estado."
LA/AT