“Muitos cidadãos que estavam se preparando e que iriam se inscrever como negros, pardos ou pela ampla concorrência, orientados por discursos de pessoas que defendem as cotas, ou pelo próprio Governo, acabaram se inscrevendo nas vagas de cotas. Se tivessem se inscrito por ampla concorrência, teriam passado no concurso. A lei diz que os cotistas que não forem identificados na heteroidentificação seriam eliminados do concurso”, pontuou.
Segundo o deputado, a avaliação dos candidatos cotistas foi feita de forma divergente pela banca. “Aqui no Ceará houve sérios equívocos nas análises da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que foi a empresa que venceu a licitação. Esse será um dos concursos mais judicializados que teremos nos últimos anos. Nós esperávamos uma retificação”, disse. Segundo o deputado, uma candidata negra que foi aprovada no concurso da Polícia Civil foi reprovada no concurso da Polícia Militar.
Soldado Noelio informou ainda que, nesta quinta-feira (03/03), ocorrerá uma reunião. “Hoje terá uma reunião com a Procuradoria-Geral do Estado, com o Ministério Público e outros órgãos para debater a situação dessas pessoas”, adiantou.
Em aparte, o deputado Elmano Freitas (PT) enfatizou que quem faz a avaliação é a banca independente da FGV. “A lei estadual é muito clara, não é o governador, não é o Governo, é o candidato que se inscreve ou não nas cotas. E a banca contratada pela Fundação Getúlio Vargas é que diz que essa pessoa se é negra ou negro, é uma banca independente. O edital necessariamente deve ser cumprido, a pessoa aceita o concurso, aceita a lei e depois que ela não é aprovada, ela questiona o edital e a lei? Nós precisamos primeiro preservar o concurso, porque o povo do Ceará precisa dos policiais”, destacou.
JI/AT