Bruno Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. O deputado Heitor Férrer (PDT) e outros condenaram ontem a prefeita Luizianne Lins, presidente estadual do PT, por anunciar que o partido passará a fazer oposição ao governo Cid Gomes caso seja desfeita a aliança com o PSB. “Será que o PT, que hoje defende a ferro e fogo a administração Cid, vai dizer amanhã, num passe de mágica, que o governo erra em tudo que está fazendo? Isso é o derretimento do homem público – neste caso, da mulher pública”, disse Heitor, o mais destacado opositor a Cid no parlamento.Na segunda-feira, em entrevista à TV Diário, Luizianne afirmou estar trabalhando para conservar a parceria com o PSB, presidido no Ceará pelo governador. Caso isto não aconteça, continuou a prefeita, os petistas já têm um plano de ação: “O PT, não saindo junto ou não conseguindo manter a aliança, vai para a oposição ao governo do Estado, o que seria até um processo natural. E aí vamos ter mais liberdade para colocar nossas divergências ao governo”. CHAMOU PRA BRIGAPara Heitor, além de a afirmação de Luizianne mostrar que o interesse eleitoral prevalece sobre a dita fraternidade política com o governador, há o agravante de que o jeito petista de fazer oposição nem sempre leva em conta os interesses da sociedade: “Luizianne riscou faca no asfalto chamando pra briga. E nós sabemos o que é a oposição do PT. Muitas vezes chegava às raias da irresponsabilidade, porque apostava na terra arrasada e no quanto pior melhor”.Fernando Hugo (PSDB) repisou críticas antigas. “A prefeita disse que elegeria um poste sem luz. Uma falta de respeito com a população. O que é que existe de lucrativo nessa aliança PT-PSB? É uma fala destemperada de quem nada fez. Essa aliança não tem produtividade administrativa”, disse o tucano. “A declaração de Luizianne prova que a aliança é simplesmente eleitoreira”, acrescentou Roberto Mesquita (PV). FRASEDESCONTEXTUALIZADAEm resposta, o petista Antonio Carlos, líder do governo, declarou que a entrevista da correligionária deixou claro “o desejo de manutenção da unidade das forças progressistas. Não adianta se antecipar aos fatos. Vamos trabalhar para manter essa unidade vitoriosa, programática, e não serão frases descontextualizadas que irão fazer com que a gente abra mão de continuar essa unidade política”.O petista Dedé Teixeira sustentou que “é unânime no nosso partido o desejo de mantermos a aliança que vem dando certo” e tentou fazer crer que o aviso de Luizianne não tem assim tanta importância: “Não vamos aceitar que um final de frase da nossa prefeita possa se transformar num debate dos torcedores contra essa aliança que vem dando certo”. CARLOMANO INSISTE EM CANDIDATURAO deputado Carlomano Marques defendeu ontem, mais uma vez, a candidatura própria do seu PMDB à Prefeitura de Fortaleza. “Se o PMDB já mostrou competência administrativa, vontade no exercício do dia a dia, apetite para avançar, por que não vai para a disputa?”, disse ele, citando feitos da administração do peemedebista Juraci Magalhães. Na opinião do deputado, a melhor opção para essa candidatura, desejada pela maioria do partido, seria o seu presidente estadual, o senador Eunício Oliveira: “Todos os encontros regionais são unânimes em dizer que o PMDB precisa de uma candidatura própria em Fortaleza. Eunício tem tino para fazer um novo momento administrativo na nossa Cidade”.