Baseado na experiência do Complexo Cocajupi (Cooperativa dos Produtores de Caju do Piauí), os produtores de caju do Ceará lançaram a ideia de adotar uma política de preço mínimo em três estados: Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Com o apoio dos governos estaduais, essa política já vem sendo praticada no Piauí. A proposta foi apresentada ontem, durante a reunião do Pacto de Cooperação da Agropecuária (Agropacto), que teve como palestrante o senador e ex-governador do Piauí, Wellington Dias, que durante o seu governo incentivou o investimento no campo através do cooperativismo e da capacitação do produtor como mola mestra para o desenvolvimento de seu Estado.
O deputado estadual Manoel Duca, presidente da subcomissão do caju na Assembléia Legislativa foi o primeiro a sugerir a coordenação do Agropacto, que é feita pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, a trabalhar junto ao Governo do Estado do Ceará, um preço mínimo para a cultura do caju. Seria um passo largo, bem como instalar os postos de compra, estabelecendo intercâmbio nos estados. A aquisição de equipamentos agrícolas sem imposto, a exemplo do que fez a presidente Dilma Rousseff com alguns veículos populares, também foi apontada como uma boa alternativa pelo parlamentar. “Vejo a curto prazo uma solução para os produtores de caju do Ceará, que é o melhor aproveitamento do pedúnculo, como faz o Piauí”, destacou. Ele informou que a Assembleia aprovou uma lei de sua autoria, ampliando os derivados do caju na merenda escolar.