A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa promove hoje uma audiência pública para discutir a falta de segurança nas agências bancárias. O evento está marcado para as 14h, no Complexo de Comissões Técnicas da Casa. Na avaliação do presidente da comissão, deputado Fernando Hugo (PSDB), os bancos precisam fazer valer as leis de segurança para proteção de clientes, funcionários e para a população em geral que utiliza os seus serviços. “Não há cumprimento de leis”, reclama o parlamentar. O deputado tucano também chama a atenção para os riscos que a população sofre diante da onda de violência. “Hoje, ir a um banco tornou-se tão perigoso quanto permanecer na faixa de Gaza. Os bancos não cumprem as leis que garantem mais segurança nas suas dependências”, frisou. Fernando Hugo lembra que já existe uma lei estadual, criada pelo ex-deputado Oman Carneiro, para que os bancos instalem portas rotatórias individualizadas em suas dependências. “Mas muitas foram retiradas”, salientou. O tucano também pontua que existe lei sancionada pela Assembleia e elaborada pelo deputado Tin Gomes (PHS), que proíbe o uso de celulares no interior das agências bancárias no Ceará. Conforme ele, a lei também torna obrigatória a implantação de biombos de segurança com 1,80m de altura nos caixas das agências, para garantir a privacidade dos usuários. Também obriga aos bancos a contratarem empresas para cuidar da segurança interna. A fiscalização do cumprimento da lei pelas instituições bancárias ficará a cargo da Procuradoria Geral do Estado e da Assembleia Legislativa”, disse, acrescentando que o Decon “vai sair em blitz” para saber se os bancos não estão cumprindo as leis. O deputado Manoel Duca (PRB) ressalta que os bancos não zelam pela segurança dos clientes e funcionários. “O banqueiro deveria cuidar mais da segurança interna para que a polícia pudesse identificar os infratores com mais facilidade”, observou. Para a deputada Dra.Silvana (PMDB), “se os bancos fossem obrigados a indenizar os clientes que são vítimas de assaltos nas suas dependências, certamente se preocupariam em instalar mais equipamentos de segurança”.