A luta pela emancipação da mulher advogada, segundo a parlamentar, foi liderada por Mythes Gomes de Campos, que se tornou a primeira mulher a exercer a profissão na história do direito brasileiro. Ela enfrentou preconceitos e o conceito de que o trabalho de advogados era privilégio masculino, tendo sido pioneira na luta pelos direitos femininos, lutando pelo voto da mulher e pela defesa da emancipação jurídica feminina.
A deputada explicou que, além de ter sido funcionária da Justiça, Myrthes também se tornou a primeira mulher advogada a ingressar no Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil, nossa atual OAB. Mesmo tendo concluído o bacharelado em 1898, no século XIX, em razão do preconceito contra a mulher, somente em 1906 conseguiu se legitimar profissionalmente, ingressando no instituto.
“Em 15 de dezembro comemoramos o Dia da Mulher Advogada. Não é apenas sobre parabenizar as advogadas que militam bravamente, mas também sobre lançar luz nas dificuldades que apenas elas enfrentam. São dificuldades inerentes ao ser mulher no mundo em que vivemos com o machismo, a imposição de padrões de beleza, a maternidade e a ausência de divisão do trabalho doméstico. Tudo isso está presente na vida da advogada e de todas as mulheres que precisam equalizar essas variáveis com o desenvolvimento da sua carreira”, assinalou.
Serão homenageadas na sessão solene mulheres que atuam e atuaram na Justiça brasileira. O evento ocorre seguindo os protocolos sanitários de prevenção contra a Covid-19. Em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus e em cumprimento à Portaria nº 092/2021, fica estabelecida a apresentação obrigatória do comprovante de vacinação contra a Sars-CoV-02 para acesso às dependências da AL.
GM/AT