O evento foi proposto pelos deputados Queiroz Filho (PDT), Nelinho (PSDB), Soldado Noelio (Pros), Audic Mota (PSB), Carlos Felipe (PCdoB) e Guilherme Sampaio (PT). O deputado Audic Mota presidiu a solenidade e enalteceu todos os professores pelos serviços prestados à população cearense.

O deputado Guilherme Sampaio apontou que o ofício de educar tem sido tratado como sacerdócio em nosso País, o que, segundo ele, representa uma determinação ideológica. Ele ressaltou que a solenidade está a homenagear, antes de tudo, profissionais da educação. “Antes de terem suas carreiras ideologicamente distorcidas em sacerdócio, o que professores e professoras do Brasil merecem é reconhecimento, respeito e valorização do seu trabalho. Valorização à contribuição inestimável que oferecem, individual e coletivamente, ao conjunto da sociedade”, enfatizou.

Queiroz Filho agradeceu todos os educadores que, mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, não cansaram de transmitir seus conhecimentos. O parlamentar também atribuiu o sucesso da educação no Ceará à união de pessoas em torno de um objetivo comum a todos. “Eu acho que esse é o sucesso da educação, conseguir convergir e congregar tanta gente em prol de um bem comum: a importância da educação”, reiterou.

Deputado Soldado Noelio relatou que, graças aos professores, ele foi capaz de conseguir crescer na vida, passando em dois concursos públicos: dos Correios e, em seguida, da Polícia Militar. “O trabalho de vocês – a educação – consegue reduzir desigualdades”, frisou. O parlamentar também citou Rubem Alves, afirmando que “ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma, continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais”.

O deputado federal Idilvan Alencar (PDT-CE) frisou que “todo dia é dia de defender professor”, sobretudo no atual contexto de ataques do Governo Federal à pauta da educação. O parlamentar mencionou ainda que, no Brasil, cerca de 45% dos professores da educação fundamental lecionam em mais de duas escolas, enquanto na França, no Japão e nos Estados Unidos esses percentuais são de 4,7%, 2,7% e 1,7%, respectivamente. “Como a gente quer melhorar a educação sem fortalecer o vínculo do professor com a comunidade escolar, com os estudantes, com os outros professores?”, indagou.

Para José Lima de Carvalho Rocha, reitor da UniChristus, a experiência do ensino remoto, adquirida durante a pandemia, não pode ser esquecida. “Não vamos esquecer nem das pessoas, nem dos aprendizados que os educadores tiveram durante esse período. Mudanças na legislação são necessárias para que a gente possa evoluir. Parte do trabalho educacional pode ser feito de forma remota”, defendeu.

Professora em Icó, Carla Emanuela de Melo Lima assinalou que ensinar é um processo que exige paciência e consegue transformar pessoas. “Imagino que o professor seja um barco, que atravessa os oceanos da alienação, da ignorância, do preconceito, da desigualdade social e de todas as suas mazelas. Ele abre espaços para acolher aqueles que se dispõem a pisar na terra firme do conhecimento, pois é este que os torna donos da própria história”, acentuou.

Representando os professores da rede municipal de Fortaleza, Rochelly Alves do Monte salientou que o professor não somente ensina matérias, mas também disciplina alunos, aconselha, gerencia atividades, planeja o futuro e, principalmente, é formador de opinião. “O professor faz pensar, refletir e coloca as ideias no lugar. O que seria de nós sem os professores, que, aliados aos pais, formam personalidades de bem?”, enfatizou.

Receberam homenagens o deputado federal Idilvan Alencar e os professores José Carlos Carneiro, Albetiza Rodrigues, Maria da Glória Solano, Rita de Cássia Solano, Heloísa Helena, José Lima de Carvalho, Antônio Santos Coelho, Rafael Rocha, Cláudio Rabelo, Liane Garcia, Antônio José Mendonça, Jorge Luiz Reis, Airton Freitas, Camila Maria Araújo, Gilmar Pereira, Ticyano Lavor, Carla Emanuela de Melo Lima e Rochelly Alves.

A solenidade também homenageou todos os professores do município de Fortaleza, do estado do Ceará, do ensino básico da rede particular do Ceará, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e da Universidade Federal do Ceará que faleceram em decorrência da pandemia da Covid-19.

BD/CG