Você está aqui: Início Últimas Notícias Dificuldades no transporte do Maciço de Baturité são debatidas em audiência
O deputado Acrísio Sena (PT), requerente da audiência, afirmou que a ausência de ônibus no transporte coletivo da região impacta a dinâmica da vida da população, assim como comércio e turismo. “Por mais esforço que tenhamos com os outros modais de transporte, não supre a grande carência do transporte coletivo de massa, os ônibus”, comentou. Para o parlamentar, é necessária uma ação emergencial dos órgãos responsáveis.
Os participantes da audiência destacaram as dificuldades que a população do Maciço de Baturité vem enfrentando com a falta de transporte e a impossibilidade de o transporte complementar atender toda a demanda da região, o que faz com que os veículos tenham lotação constante e não ofereçam condições adequadas. O debate pode ser acessado no canal de YouTube da TV Assembleia.
Hélio Winston, da Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce), e Daniel Paiva, do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), explicaram que foi lançada uma licitação para transporte na região, no entanto, nenhuma empresa de ônibus apresentou interesse. Dessa forma, um edital está sendo feito para transformar a licitação mais atrativa, e a previsão de lançamento é até o final de outubro.
Eles informaram ainda que o transporte complementar está atuando na região por meio de concessão, e há um diálogo e trabalho com a cooperativa para a ampliação desse tipo de transporte, com aumento da oferta de linhas, permitindo que os impactos para a população sejam menores.
A reunião contou com representantes da Câmara de Vereadores de diversas cidades do Maciço de Baturité, que expuseram as cobranças que a população faz sobre o assunto, assim como a realidade que vem sendo enfrentada.
Também foi apontado o receio de que a licitação a ser lançada pelo Governo do Estado não tenha empresas interessadas mais uma vez e, assim, a situação não seja resolvida. Para os participantes, é necessário avaliar outras formas de atender a população para que o problema de falta de transporte não se prolongue ainda mais.
A demanda de transporte coletivo da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção, também foi citada, reforçando a necessidade de que haja uma solução a curto prazo.
Segundo Carlos Alberto Muniz, chefe de gabinete em exercício da Unilab, a entidade conta com, aproximadamente, 3.500 estudantes, 500 servidores e 200 colaboradores. Ele indica que a maioria usa transporte coletivo, e o retorno gradual para as atividades presenciais começa em outubro, sendo a previsão de retorno presencial total em abril de 2022.
A vereadora de Mulungu Lyziane Cristina Malta Bitar Farias (PL) afirmou que o problema afeta a vida das pessoas e das cidades em muitos sentidos e, por isso, é preciso celeridade na resolução da questão.
Paulo Sérgio Maia, da Assessoria da Câmara Municipal de Pacoti, avaliou que empresas de porte médio e grande não têm interesse em atuar na região por diversos fatores, como custo alto e risco de acidentes. “É preciso um olhar diferenciado para que os alternativos possam ampliar sua atuação”, caso não haja interesse de empresas de ônibus, apontou.
SA/LF