No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B, C e D, sendo a hepatite C considerada uma epidemia silenciosa. Já as demais podem manifestar sintomas como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Em entrevista à FM Assembleia (96,7 MHz), a orientadora da Célula de Odontologia do DSAS, Amélia Campelo Barroso, destacou que na área odontológica é dada atenção especial às hepatites B e C. Segundo ela, as principais vias de transmissão da doença são sangue e saliva contaminados.

“Na maioria das vezes, a infecção é silenciosa, o paciente não apresenta sintomas e nem mesmo sabe que está contaminado. Em outras situações, o dentista – na anamnese e exame clínico inicial – pode suspeitar da infecção hepática, quando ele se depara com algumas manifestações orais clássicas da doença e o paciente relata alguns sintomas. Nesses casos, ele é indicado à Célula de Clínica Médica”, explicou.

Amélia elencou algumas regras de segurança preconizadas pela Anvisa no atendimento aos pacientes, fundamentais na prevenção de infecções: esterilização dos instrumentos utilizados na Célula de Enfermagem, utilização de materiais descartáveis, desinfecção de superfícies e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), tanto para o dentista quanto para o colaborador (atendente).

Ela informou ainda que, no momento, a nova clínica da Célula de Odontologia está sendo equipada e que, em breve, o serviço estará disponível para servidores da AL e comunidades do entorno do Parlamento.

JULHO AMARELO

Em 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o Dia Mundial das Hepatites Virais. No Brasil, a Lei nº 13.802/2019 instituiu o Julho Amarelo, a ser realizado a cada ano em todo o território nacional.

A celebração da data tem como objetivo atrair atenção para o tema e incentivar o diálogo, principalmente no campo da saúde pública. A criação de novas políticas públicas e a eficiência das que já existem garantem acesso universal ao tratamento e prevenção dessas doenças.

A Organização Mundial da Saúde alerta para o aumento de casos de hepatites virais em todo o mundo. A entidade estima que 325 milhões de pessoas vivam com quadro crônico de infecção por hepatite B ou C – na maioria das vezes, sem acesso a exames que atestem a doença e, portanto, sem tratamento.

Conforme dados da OMS, cerca de 1,34 milhão de pessoas morreram no mundo em decorrência de infecções por hepatites em 2015 – número comparável ao total de mortes provocadas por tuberculose e pelo vírus HIV. Atualmente, existem testes rápidos para detecção da infecção pelo vírus B ou C, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para toda a população.

BD/CG/Com FM Assembleia