De sonoridade plural, esse cearense tem uma estreita relação com a diversidade cultural histórica do Brasil, permeando entre os mais diversos gêneros, sem se engessar, passando pelo Maracatu, Samba, Funk, Rock, típicos da construção da musicalidade nacional.
Numa sociedade cada vez mais plural, esse foi o caminho multifacetado percorrido pelo artista cearense Iran BZ em 20 anos de estrada. Cada faixa assinada no álbum “O Parto” traz uma personalidade distinta, um “eu” que fala e que transborda o tempo ordinário, dando ritmo a música e a seus questionamentos pessoais, com exatidão àqueles instantes pincelados pelo autor.
“Quando se pensa em algo universal, logo nos remetemos à linguagem essencial e plural. A arte deve ser tratada como algo ilimitado, um quarto sem paredes, com vista para tudo que a imaginação possa criar”, comenta o músico.
Conhecido nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará, Iram BZ tem participações em grandes festivais e eventos musicais, que destacaram o artista no cenário da boa música, abrindo shows de grandes ícones da MPB, como Alceu Valença, e parceria em gravações com nomes da arte nacional, como o gaitista Jefferson Gonçalves, e internacional como o violonista flamenco Zezo Ribeiro. BZ também gravou com o maestro e violoncelista Jaques Morelembaum, que se destacou por tocar com Tom Jobim, Caetano Veloso e Gilberto Gil. O músico marcou ainda presença, por duas vezes, no Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, interior do Rio de Janeiro, onde mostrou sua música e o jeito tão singular.
Produzido e apresentado pela jornalista Ian Gomes, Qual é o Tom do Ceará vai ao ar aos sábados, às 12h.
Da Redação