“No livro, eu falo sobre os remédios da alma, no qual a leitura se insere”, explica. Conforme Jacqueline, a biblioterapia não é exatamente uma novidade, e existe, ainda que apenas como intenção, desde a Grécia e Egito antigos. A obra aborda, ainda, a história de como a biblioterapia chegou à Assembleia Legislativa, e como se tornou um dos projetos voltados para os servidores públicos mais festejados do Poder Legislativo.

Segundo Jaqueline, as rodas de biblioterapia tiveram início quando ela detectou a necessidade de os servidores reservarem um tempo para interação não relacionada ao trabalho diário, mas por meio de algo que possibilitasse um contato mais profundo entre os colegas.

“Percebi que servidores públicos têm uma fama não muito boa, algo que vem mudando mas que não admito que se pense sobre os servidores da Assembleia Legislativa. Trabalho na Casa desde a década de 1980 e entendo a natureza e o peso do trabalho que executamos diariamente, então, além da necessidade de um 'ócio' que nos permitisse expandir e desenvolver ainda mais nossas capacidades e criatividade, propus uma atividade que pudesse nos alinhar e refletir em nossa vida cotidiana, melhorando nossas interações e até nosso desempenho profissional, de forma terapêutica”, explicou.

A autora destacou ainda que a biblioterapia já é adotada por países europeus, como Portugal e Reino Unido, como terapia alternativa ou auxiliar, com fins de prevenção contra doenças psicológicas ou “da alma”.

Jaqueline Assunção possui Mestrado em Gestão de Negócios Turísticos, Graduação em Artes Plásticas e Teologia e Licenciatura Plena em Filosofia. É especialista em Planejamento Educacional, com MBA em Arte e Política, e estudante do Curso de Formação em Psicanálise no Instituto Acadêmico de Psicanálise do Brasil.

O presidente do Inesp, João Milton Cunha de Miranda, ressaltou que esse é o terceiro livro lançado pelo instituto desde o início da pandemia. “Jacqueline tinha muito material de valor que merecia ser publicado, e propus a condensação desses textos em uma publicação que sirva não só aos curiosos, mas que tenha utilidade real e sirva como modelo ou norte para aqueles que desejem desenvolver atividades 'biblioterápicas' junto aos grupos que porventura participem”, disse.

Já o presidente da Associação dos Servidores e Servidoras da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Assalce), Luís Edson Corrêa, ressaltou o valor da obra inédita e o potencial dos servidores da Casa. Ele lembra que projetos que foram incorporados ao organograma do Poder Legislativo, como a Agenda A3P e o próprio Estante Assalce, iniciaram na Assalce, por sugestão de servidores, e foram captados pela Casa.

“Temos servidores muito competentes, habilitados, e este é um reconhecimento que bate à nossa porta. A biblioterapia já é um grande sucesso, ao ponto de eu ser constantemente contatado por Assembleias de outros estados e até pelo Ministério Público, órgãos que querem saber dos pormenores do projeto para viabilizar sua implantação para seus servidores”, comemorou.   O lançamento contou também com uma roda de conversa sobre o tema biblioterapia, com a participação de servidores do Inesp, da Assalce, e participantes das rodas de biblioterapia.

PE/LF