Você está aqui: Início Últimas Notícias Deputados recebem representantes de bares e restaurantes de Fortaleza
Na reunião, os representantes desses setores econômicos se manifestaram contra o decreto do Governo do Estado que reduziu o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de serviços do Ceará devido ao aumento no número de casos de Covid-19.
Eles apresentaram uma série de reivindicações para amenizar o impacto da medida, algumas de caráter de urgência, como o fornecimento de 4.000 cestas básicas para distribuição junto ao setor que se encontra sem trabalho; auxilio emergencial estadual de R$ 2.000,00 para despesas urgentes de aluguel, IPTU, IPVA, luz, água, matrículas escolas dos filhos e dependentes.
O setor também reivindica o funcionamento dos restaurantes até a meia-noite, ampliação do prazo de vigência da Lei Aldir Blanc, o retorno da liberação dos eventos até 100 pessoas, seguindo todos os protocolos de segurança, e a abertura de linhas de crédito para os músicos junto a agência de fomento do Estado e do município, bem como bancos públicos e privados.
Rodolphe Trindade, proprietário de bar e restaurante e ex-presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-CE), denunciou o crescimento das festas clandestinas que teriam causado o endurecimento das regras do Governo e cobrou mais rigor na punição dos infratores.
De acordo com Rodolphe Trindade, o setor de bares e restaurantes é formado por 96% de pequenas e microempresas que estão na periferia de Fortaleza e menos de 4% estão no lucro real. Em todo o Estado, segundo ele, existem 20 mil estabelecimentos, sendo 6 mil em Fortaleza, e 40% deles já encerraram as atividades durante a pandemia.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-Ce), Taiene Righetto, disse que nos últimos 15 dias mais de 800 empresas de bares e restaurantes foram fechados só em Fortaleza, o que representa pelo menos 800 vagas de mão de obra. “Fomos pegos de calça curta sem ter o que fazer. A gente sabe que tem que ter cuidado porque estamos numa pandemia, mas a redução dessas duas horas no horário de funcionamento foi cruel para o setor. A gente precisa que haja uma flexibilização para não matar o setor todo”, afirmou.
O deputado delegado Cavalcante (PSL) disse que o justo está pagando pelo pecador por falta de uma estratégia do Comitê de Combate à Covid-19. ”Essa realidade que está se expondo aqui não deve ser do conhecimento do govenador Camilo Santana, que é o presidente do Comitê”, pontuou.
O líder do Governo, deputado Júlio César, informou que vai ainda hoje à tarde ao Palácio do Governo, juntamente com o deputado Walter Cavalcante (MDB) e a deputada Augusta Brito (PCdoB), levar as reivindicações apresentadas pelo setor, e se comprometeu a dar uma resposta o quanto antes para os segmentos representados. O deputado disse que manterá diálogo aberto com o setor, assinalando que os efeitos da pandemia devem se propagar ainda por um bom tempo.
Também participaram da reunião, os deputados Soldado Noélio (Pros) e Toni Brito (Pros), e os vereadores de Fortaleza Carmelo Neto e Márcio Martins (Pros).
WR/CG