A obra, publicada pela editora Patuá, é a quarta publicação assinada por Léo Prudêncio, resultado de um esforço de três anos do escritor. O livro é divido em três partes. A primeira, “Palavra Imprecisa”, traz poemas em verso livre, soneto, epigrama, poemas visuais e intertextuais. A segunda, “Poética das Árvores”, recorda bastante uma obra de sua autoria “Girassóis Maduros”. A última parte é uma coletânea com quatro letras de canções, que compôs quando participava de bandas de rock.

O autor conta como foi nascendo o livro de poemas. “Parti do zero e fui escrevendo com calma e trabalhando verso a verso, palavra por palavra. Muitas vezes eu lia o poema em voz alta, para ver como estava, e assim foi nascendo o 'Curral de Peixes'. Recentemente, inclusive, descobri da existência de um livro de Lêdo Ivo com esse mesmo título. Mas são propostas diferentes e a obra dele é do final dos anos 1990. Coincidências acontecem", situa, destacando que, na feitura da obra, lembrou-se bastante dos currais de peixes que via nos açudes quando passavam por eles. Por achar a imagem bastante simbólica, decidiu incorporá-la ao título.

O exemplar desenvolvido pelo poeta possui o acompanhamento de textos dos cearenses Dauana Vale e Dércio Braúna, figuras estimadas pelo poeta. E deve ganhar lançamentos presenciais após o término da pandemia do novo coronavírus. "Mas isso não significa que possamos fazer algo de maneira virtual", ressalta Léo Prudêncio.

Nascido em São Paulo, Léo Prudêncio tem uma trajetória de 20 anos no Ceará e atualmente mora em Goiânia (GO), onde está se dedicando ao mestrado em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO).

No programa Cabeceira, o poeta também vai falar sobre sua rotina no período de isolamento social. Léo Prudêncio diz que está assistindo a lives de poetas recitando versos e também já fez transmissões ao vivo durante a quarentena.

Com produção e apresentação da jornalista Rosanni Guerra, o programa Cabeceira vai ao ar às terças-feiras, às 19h20. A coordenação é de Clara Pinho, edição de Samuel Frota e imagens de Messias Gomes.

WT/LF